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GRADCAST - Podcast da Prograd

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# 8 - Transtorno do Espectro Autista
Nesse episódio falaremos sobre o acolhimento dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista.
Sobre
Transcrição
Em continuidade à política de formação da Pró Reitoria de Graduação – Prograd, por meio da Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência – DADD, apresentamos para você, coordenador e coordenadora, o Gradcast, o podcast da Prograd. O objetivo é que você ouça o que a Prograd responde sobre dúvidas de todos/as que atuam nas secretarias acadêmicas e coordenações. Vamos ouvir?
00:00:01:11 - 00:00:09:07

Vinheta

Esse é o Grad Cast.
00:00:09:09 - 00:00:35:16

Ravena

Prezados e prezadas ouvintes, sejam bem vindos e bem vindas. Sou o Ravena e trabalho na Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência da Pró-Reitoria de Graduação, DAD. Estaremos juntos e juntas nesse podcast da Prograd, intitulado Grad Cast para falarmos sobre o acolhimento dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista. Esta ação é um desdobramento da 11.ª semana de Planejamento da UFG.
00:00:35:19 - 00:00:46:06

Ravena

A qualidade está no acolhimento. Chamamos para essa conversa a professora Ana Flávia Theodoro de Mendonça Oliveira, estudiosa do tema. Seja bem vinda, professora Ana Flávia.
00:00:46:08 - 00:01:08:16

Ana Flávia

E muito obrigada, Ravena, Obrigado por esse convite. Falar de um assunto que para mim é tão importante que é o autismo, assunto que para mim é tão caro. Eu acho que é mais que necessário falar sobre a inclusão do autista na universidade. Então hoje a gente vai falar um pouco sobre questões relacionadas à interação, cognição, sensorialidade, como é que e o desdobramento disso na universidade.
00:01:08:18 - 00:01:12:20

Ravena

Para início de conversa, o que é o Transtorno do Espectro Autista?
00:01:13:01 - 00:01:37:04

Ana Flávia

Uma boa pergunta pra gente começar. O Transtorno do Espectro Autista. Ele é um transtorno do neurodesenvolvimento e ele é marcado por algumas características. Que é o prejuízos persistentes na comunicação social recíproca na interação social, é marcado por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. E é importante dizer que o autismo ele está presente desde a infância.
00:01:37:05 - 00:02:03:05

Ana Flávia

Não tem como você se tornar autista na idade adulta, mas o autismo você nasce com ele. É um transtorno do neurodesenvolvimento, como eu disse. Então, além disso, é importante a gente dizer que ele prejudica o funcionamento diário, ou seja, a vida da pessoa é prejudicada pelo autismo. O autismo, ele vai marcar essas diferentes áreas e vai trazer prejuízos na vida e na vida social dessa pessoa.
00:02:03:05 - 00:02:15:24

Ana Flávia

Então é importante dizer isso porque o DSM-5, ele traz essas características, que é o manual psiquiátrico. E então o autismo é marcado por essas características que eu disse anteriormente.
00:02:16:01 - 00:02:22:09

Ravena

Entendi. Então, há diferentes níveis de autismo? Fale-nos um pouco a respeito, por favor.
00:02:22:11 - 00:02:43:19

Ana Flávia

Hoje, quando a gente fala de autismo, a gente tem os níveis de suporte. Então o nível de suporte um, nível de suporte dois, nível de suporte três. É importante dizer que quando a gente fala nível de suporte, nós estamos olhando o que aquele ambiente tem em termos de barreiras que pode prejudicar a vida da pessoa autista. Então, o nível de suporte um é aquele que exige muito apoio.
00:02:43:19 - 00:03:13:24

Ana Flávia

Nível de suporte dois é aquele que exige um apoio substancial, envolvendo auxílio para atividades cotidianas e o nível de suporte três exige um apoio mais substancial ainda. Então, por exemplo, a gente tem em nível de suporte três Autistas que são não verbais. Vão precisar, por exemplo, de um apoio em relação à comunicação alternativa. Então, falar desse nível de suporte é lançar o olhar sobre as barreiras também que existem no meio, que impedem ou dificultam a inclusão dessa pessoa autista na sociedade.
00:03:14:01 - 00:03:18:00

Ravena

Ana Flávia, quais são os desafios para os autistas na universidade?
00:03:18:06 - 00:03:43:02

Ana Flávia

Pessoas autistas na universidade têm desafios em diferentes áreas. Só para vocês terem ideia, eu vou ler um relato da Donna Williams, que é uma pessoa autista que escreveu uma auto biografia e ela diz assim, olha, "a universidade reabrir as suas portas. E eu mergulhei desesperadamente nos estudos. Eu estava completamente desorientada. Os lugares eram imensos, com muitas paredes, muita gente, muitas lâmpadas de neon.
00:03:43:02 - 00:04:06:12

Ana Flávia

Eu passava muito tempo procurando os interruptores para apagar essas luzes, pois a luz me adormecia. No curso de Filosofia, o professor dissera finalmente que eu era bizarra. Tentei explicar-lhe que era impossível acompanhar o ritmo da classe, bem como de compreender o manual e que eu não fixava nada daquilo que lia, exceto os nomes sem significação. O diretor concluiu que eu era uma imbecil sem esperança.
00:04:06:12 - 00:04:33:14

Ana Flávia

Minhas relações sociais, como de costume, eram também reduzidas". Esse relato da Donna Williams aí, ele nos mostra inúmeros desafios para o autista na universidade, desafios sensoriais, de luzes, de cores na parede, desafios em relação à interação social. A gente como professor, como gestão, nós precisamos pensar em como adequar esse ambiente para que esse autista realmente esteja incluso na universidade.
00:04:33:16 - 00:04:42:17

Ravena

Professora, aproveitando o tema trazido pela citação, há um mito de que as pessoas com transtorno do Espectro Autista não têm amigos. Como é isso?
00:04:42:19 - 00:05:04:14

Ana Flávia

Você falou corretamente Isso é um mito, né? Na verdade, não é que as pessoas autistas não queiram ter amigos ou não gostem de ter amigos. A Donna Williams, ela conta que durante duas semanas, na escola dela, ela abordou várias pessoas perguntando se aquela pessoa poderia ser amiga dela. E ela dizia assim "Se tu me conhecesses queria ser minha amiga?
00:05:04:15 - 00:05:24:05

Ana Flávia

Insistia e eu. Terminei deixando pra lá e me sentando no chão, num canto sobre a grama no fundo do pátio. Alguns meses mais tarde, duas meninas decidiram me deixar conviver com elas. Eu não gostava do que elas diziam. Mentalmente eu me distanciava dela e logo elas se descartaram de mim. Caí numa depressão que se prolongou por um ano".
00:05:24:06 - 00:05:54:15

Ana Flávia

Eu acho que esse é um relato que me traz algumas coisas interessantes. A maneira de se construir amizades, uma maneira atípica, diferente de nós, neurotípicos. Então elas saem na escola perguntando se alguém poderia ser amigo dela e, além disso, quando ela diz que ela caiu numa depressão, mostra o quanto essas pessoas desejam sim ter amigos. A gente tem vários relatos de autistas que falam sobre essa necessidade, esse desejo de fazer amizades, mas muitas vezes há uma dificuldade de compreensão das relações sociais.
00:05:54:15 - 00:06:13:05

Ana Flávia

Eu acho que isso precisa ficar bem claro, porque senão a gente constrói aquele mito ou reforça o mito de que o autista quer viver num mundo próprio, o que não é verdade. As pesquisas mostram o contrário, que os autistas querem sim ter amigos. Talvez a maneira de fazer amigos é diferente da nossa maneira neurotípica.
00:06:13:07 - 00:06:18:01

Ravena

Muito importante essa informação. E quais são os principais desafios para o autista?
00:06:18:03 - 00:06:52:21

Ana Flávia

A gente já vem falando um pouco sobre esses desafios, mas eu acredito que talvez hoje, pelos discursos dos autistas, aquilo que eu pesquisei, talvez o maior desafio seja o trabalho em grupo. Eles sempre pedem professor, eu não gostaria de fazer trabalho em grupo. E quais os motivos para isso? Eu vou trazer aqui um relato de um autista numa pesquisa que eu fiz e ele diz assim "O trabalho em grupo incomoda, principalmente pela falta de compromisso dos colegas, o olhar e a forma de lidar do outro, incluindo discussões desnecessárias e o excesso de controle do autista prejudica no grupo.
00:06:52:24 - 00:07:23:19

Ana Flávia

O autista muitas vezes não está aberto a negociar ideias que para ele, sobre um ponto de vista lógico, estão mais que corretas, infalíveis. Somente uma habilidade argumentativa e de conciliação por parte dos interlocutores pode fazer com que se reverta". Então, assim, a explicação para essa dificuldade de trabalho em grupo ela é diversa. É incrível como a maioria desses autistas que eu já entrevistei eles dizem e ressaltam essa dificuldade de fazer trabalho em grupo na universidade.
00:07:23:21 - 00:07:31:06

Ravena

Certo. Então precisamos, como docentes, flexibilizar os trabalhos em grupos para pessoas com transtorno do Espectro Autista?
00:07:31:08 - 00:07:58:07

Ana Flávia

Ai eu penso que é tão importante que os professores tenham conhecimento sobre essa característica e conversem com o aluno, porque nem todos os alunos autistas têm dificuldades para fazer trabalho em grupo. Mas eu acho que isso é muito importante, porque uma das coisas que eu tenho visto na minha prática também sendo uma das coordenadoras de inclusão da Faculdade de Educação, é perceber o quanto esse aluno muitas vezes está desmotivado a continuar um curso por conta e muitas vezes da falta de compreensão dos professores.
00:07:58:07 - 00:08:18:06

Ana Flávia

Eu tive uma aluna, por exemplo, que ela conversou com a professora, falou da dificuldade do trabalho em grupo e a professora disse não, mas você consegue fazer o trabalho em grupo. E aí ela conversou comigo e disse Olha, professora, a milionésima vez que isso acontece na minha vida, eu só quero me formar. Eu já desisti de vários cursos, então não suporto mais essa situação.
00:08:18:06 - 00:08:38:22

Ana Flávia

E eu sempre gosto de dar um exemplo. A gente nunca fala para um cadeirante assim, coloca o cadeirante em frente a uma escada e diz olha, sai da cadeira e suba as escadas porque você consegue. Mas para o autista a gente diz Olha, você consegue sim fazer trabalho em grupo e aí a gente desconsidera uma das maiores características do autista, que é essa dificuldade aí na interação social.
00:08:38:22 - 00:08:43:05

Ana Flávia

Então eu acho que a gente precisa sim flexibilizar essa questão com urgência.
00:08:43:11 - 00:08:48:18

Ravena

Pois é muito triste em um cenário que temos vários estudantes autistas na universidade.
00:08:48:18 - 00:09:14:00

Ana Flávia

Eu acho que nós precisamos entender, por exemplo, que essa interação social, muitas vezes ela provoca uma sobrecarga sensorial muito grande. Tem uma autora que ela diz que considerando que o ser humano é uma das fontes mais ricas de estimulação simultânea, tom de voz, expressão facial, gestos, tudo o que acontece ao redor, esse retraimento social e as estereotipias seria uma forma de fugir dessa sobrecarga.
00:09:14:00 - 00:09:30:07

Ana Flávia

Então a gente não pode desconsiderar que a interação social muitas vezes traz uma sobrecarga sensorial muito grande pra pessoa autista. Eu acho que os professores precisam ser formados. Isso precisa passar pela formação dos professores para que eles entendam essas especificidades.
00:09:30:09 - 00:09:34:06

Ravena

E como podemos proceder enquanto instituição em relação a isso?
00:09:34:08 - 00:10:01:13

Ana Flávia

Eu penso que nós podemos organizar outras formas de avaliação que nós precisamos acolher o aluno autista, perguntar pra ele qual seria a melhor forma, né? Acho que uma coisa interessante também sobre essa sobrecarga sensorial é que a gente muitas vezes precisa ter um espaço de escape dentro da universidade. Eu já tive aluno que me pediu a professora por favor, conversa com professor, diz que eu tenho que sair às vezes da sala de aula, porque muitas vezes eu estou muito sobrecarregada.
00:10:01:13 - 00:10:32:00

Ana Flávia

Eu estou muito cansada. Eu só preciso ir lá, dar uma volta, descansar um pouco e voltar para as salas de aula. E aí às vezes a gente como coordenador de inclusão, a gente precisa fazer essa mediação para que o professor entenda que não é falta de compromisso do aluno, mas que muitas vezes ele precisa desse tempo e desse espaço para que essa sobrecarga sensorial que ele vivencia e que muitas vezes traz tantos prejuízos quando ele sai de sala de aula e às vezes vai para um espaço reservado, um espaço mais tranquilo, ele consegue se regular e voltar novamente para a sala de aula.
00:10:32:02 - 00:10:36:03

Ravena

E com relação ao hiperfoco, como a universidade pode lidar?
00:10:36:03 - 00:10:59:14

Ana Flávia

Hoje eu acho que essa é uma das coisas mais legais em relação ao autismo também, porque o professor pode utilizar esse hiperfoco para pesquisa, porque o autista, quando ele gosta de determinada coisa, ele realmente foca naquilo e aquilo passa a ser, às vezes vira até uma obsessão para ele. E sobre esse hiperfoco, por exemplo, a Temple Grandin, num dos livros que ela escreveu sobre autismo, ela é uma pessoa autista.
00:10:59:14 - 00:11:39:03

Ana Flávia

Ela já tem vários e vários livros escritos sobre autismo. É uma pessoa de muita proeminência. Ela fala que esse hiperfoco no autismo, que essas obsessões, elas podem ser grandes motivadoras para as pessoas autistas. Então assim, esse professor, ele pode canalizar essas obsessões, esse hiperfoco para atividades relevantes dentro da universidade, como por exemplo, a pesquisa, extensão. Eu acho que a partir do momento em que esse professor identifica esse hiperfoco, é interessantíssimo se trabalhar com esse pessoal em sala de aula, além de ser poder ser utilizada para pesquisa e tudo, ela também pode ser uma motivadora da construção de relações sociais.
00:11:39:03 - 00:11:51:23

Ana Flávia

Tem vários autores que falam isso. O professor pode formar pares ou grupos em salas de aula que tem o mesmo interesse que esse autista tem, que seja o hiperfoco do autista. Então isso é uma maneira legal também da gente trabalhar em sala de aula.
00:11:52:00 - 00:11:55:08

Ravena

E sobre a previsibilidade, o que a senhora pode nos falar?
00:11:55:10 - 00:12:20:06

Ana Flávia

Outra questão importante não são todos os autistas que gostam da previsibilidade, mas eu posso dizer e afirmar com muita certeza que grande parte deles gostam da previsibilidade. E isso eu posso falar porque já li várias pesquisas sobre isso. A importância dessa previsibilidade na universidade, que o aluno saiba, por exemplo, o que vai ser trabalhado naquela disciplina, qual é o cronograma, quando, como vai ser trabalhado.
00:12:20:06 - 00:12:43:04

Ana Flávia

Isso é garantir a previsibilidade, por exemplo, que se o professor for fazer uma mudança de última hora, que essa pessoa autista seja avisada para que ela possa se preparar. Por exemplo, eu tenho alunos autistas na minha disciplina que eles gostam sempre sentar no mesmo lugar, às vezes mudar a dinâmica da sala, mudar, mudar as coisas sem sem que essa pessoa seja avisada pode causar um transtorno muito grande.
00:12:43:04 - 00:13:08:14

Ana Flávia

Inclusive, a pessoa autista pode até entrar em crise por conta disso. Então, quanto mais previsível a gente puder ser, então você vai, por exemplo, fazer uma prova, uma avaliação. Deixe claro o que é o conteúdo da avaliação e deixa claro para o autista que cronograma é esse, quanto tempo ele vai ter. Às vezes as coisas precisam ser mais explícitas para pessoa autista, então acho que garantir essa previsibilidade é muito importante na universidade.
00:13:08:16 - 00:13:15:24

Ravena

Entendi. Para finalizar, o que mais a universidade pode fazer para acolher estudantes com Transtorno do Espectro Autista?
00:13:16:05 - 00:13:43:02

Ana Flávia

Na minha fala eu trouxe várias coisas, mas eu vou tentar resumir: disponibilizar a programação com antecedência e avisar o estudante sobre eventuais alterações no cronograma é muito importante. Apoio na socialização, então ver dentro das salas de aula quem são esses alunos que são mais sensíveis a essas questões de inclusão e formar pares, pessoas que possam estar andando com essa pessoa autista e facilitando esse processo de socialização.
00:13:43:03 - 00:14:08:19

Ana Flávia

Dilatação do tempo na entrega das atividades. Isso é uma coisa que é garantida por lei, garantida pela lei brasileira da inclusão. Então o que esse aluno tem um tempo maior para entregar a avaliação ou para fazer avaliação. Isso é importante. Outra coisa importantíssima, aula com mais informações visuais. A gente tem aí um número expressivo de autistas que são visuais e que vão se beneficiar muito de uma aula em que o professor usa muitos recursos visuais.
00:14:08:19 - 00:14:28:20

Ana Flávia

Eu não estou dizendo que todos os autistas são visuais, mas há um número expressivo aí de autistas, a própria Temple Grandin que eu acabei de falar para vocês, ela diz que ela aprende muito mais de maneira visual. Uma comunicação mais objetiva. Às vezes a gente tem aluno que chega e fala O professor disse pra mim que vai cair tudo, todo o conteúdo na prova, mas que é todo o conteúdo.
00:14:28:21 - 00:15:12:00

Ana Flávia

Então talvez ser mais objetivo, pontuar melhor, às vezes até escrever, deixar isso mais claro, mais explícito para a pessoa autista. Muitas vezes o autista, ele tem dificuldades com metáfora. Por exemplo, se você disser vai chover canivete, às vezes ele vai entender literalmente que está chovendo canivete. Obviamente, é muito difícil a gente falar sem usar figuras de linguagem, mas que a gente tem esse cuidado em relação a linguagem e que a gente esteja ciente que o autista muitas vezes tem essa dificuldade com como metáfora, pensar também na organização do espaço que seja inclusivo para a pessoa autista, assim como os cadeirantes precisam de acessibilidade, as pessoas autistas também precisam de acessibilidade por questões sensoriais.
00:15:12:00 - 00:15:39:22

Ana Flávia

Então, organizar uma sala de aula que não seja cheia de coisas na parede, de muitos estímulos, pensar até às vezes na própria cor de roupa que nós vamos dar aula. Porque se esse aluno foi hipersensível, você vai de vermelho, por exemplo, ele pode ter dificuldade até de manter o foco naquilo que você está falando. As barreiras são inúmeras e nós precisamos pensar como incluir esse estudante pensando nessas especificidades das pessoas autistas.
00:15:39:24 - 00:15:56:23

Ravena

Muito bem, Aprendi muito sobre o Transtorno do Espectro Autista. Espero que vocês, ouvintes, tenham também aprendido bastante. É importante sabermos, para melhor agirmos, que todo mundo seja acolhido na nossa universidade. Agradeço a professora Ana Flávia pelas valiosas contribuições.
00:15:57:00 - 00:16:20:21

Ana Flávia

E Ravena, eu que agradeço. Fico muito feliz por ter esse espaço aqui de fala, poder falar um pouco sobre a inclusão do autista na universidade. A gente ainda tem poucas pesquisas nessa área. Queria lembrar também que a gente tem um grupo de acolhimento na universidade, que é o Saudável-mente que eu acho que é um grupo importantíssimo. Muitas vezes esse autista não vai precisar de apoio pedagógico, mas ele vai precisar de apoio psicológico.
00:16:20:21 - 00:16:43:06

Ana Flávia

Então a gente tem esse grupo. Enfim, lembrar que a universidade também precisa ser um espaço, inclusivo e que a inclusão passa pela formação dos professores. Então, como universidade, a gente precisa estar pensando na formação dos professores para acolher a diversidade. Dentro dessa diversidade, a pessoa com transtorno do espectro autista ou a pessoa autista, o estudante autista. E é isso.
00:16:43:06 - 00:17:02:08

Ana Flávia

Acho que a gente tem que pensar nesse acolhimento e nessa escuta. Eu acho que jamais nós podemos padronizar tudo isso daqui que eu falei. São características, mas jamais podemos padronizar. Nós temos que pensar na inclusão que a inclusão passa por essa escuta atenta do que esse aluno autista traz para nós, professores.
00:17:02:10 - 00:17:08:12

Ravena

Mais uma vez, obrigada, professora Ana Flávia e agradecemos também a vocês, ouvintes. E até a próxima!
00:17:08:14 - 00:17:28:21

Ana Flávia

Eu que agradeço e agradeço por essa oportunidade mais uma vez e espero que esse podcast sirva para que as pessoas conheçam mais sobre o autismo e que busquem informações. Hoje a gente tem diversos canais de informação. Fiquei muito feliz poder estar aqui nesse momento.
00:17:28:23 - 00:17:42:14

Assinatura Institucional

Esse podcast é um oferecimento da Pró-Reitoria de Graduação da UFG, a PROGRAD e foi desenvolvido pela UFG por meio do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, numa parceria com o Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia. O CETT.

Todos os episódios

# 8 - Transtorno do Espectro Autista
Nesse episódio falaremos sobre o acolhimento dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista.
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Vinheta

Esse é o Grad Cast.
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Ravena

Prezados e prezadas ouvintes, sejam bem vindos e bem vindas. Sou o Ravena e trabalho na Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência da Pró-Reitoria de Graduação, DAD. Estaremos juntos e juntas nesse podcast da Prograd, intitulado Grad Cast para falarmos sobre o acolhimento dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista. Esta ação é um desdobramento da 11.ª semana de Planejamento da UFG.
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Ravena

A qualidade está no acolhimento. Chamamos para essa conversa a professora Ana Flávia Theodoro de Mendonça Oliveira, estudiosa do tema. Seja bem vinda, professora Ana Flávia.
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Ana Flávia

E muito obrigada, Ravena, Obrigado por esse convite. Falar de um assunto que para mim é tão importante que é o autismo, assunto que para mim é tão caro. Eu acho que é mais que necessário falar sobre a inclusão do autista na universidade. Então hoje a gente vai falar um pouco sobre questões relacionadas à interação, cognição, sensorialidade, como é que e o desdobramento disso na universidade.
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Ravena

Para início de conversa, o que é o Transtorno do Espectro Autista?
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Ana Flávia

Uma boa pergunta pra gente começar. O Transtorno do Espectro Autista. Ele é um transtorno do neurodesenvolvimento e ele é marcado por algumas características. Que é o prejuízos persistentes na comunicação social recíproca na interação social, é marcado por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. E é importante dizer que o autismo ele está presente desde a infância.
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Ana Flávia

Não tem como você se tornar autista na idade adulta, mas o autismo você nasce com ele. É um transtorno do neurodesenvolvimento, como eu disse. Então, além disso, é importante a gente dizer que ele prejudica o funcionamento diário, ou seja, a vida da pessoa é prejudicada pelo autismo. O autismo, ele vai marcar essas diferentes áreas e vai trazer prejuízos na vida e na vida social dessa pessoa.
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Ana Flávia

Então é importante dizer isso porque o DSM-5, ele traz essas características, que é o manual psiquiátrico. E então o autismo é marcado por essas características que eu disse anteriormente.
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Ravena

Entendi. Então, há diferentes níveis de autismo? Fale-nos um pouco a respeito, por favor.
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Ana Flávia

Hoje, quando a gente fala de autismo, a gente tem os níveis de suporte. Então o nível de suporte um, nível de suporte dois, nível de suporte três. É importante dizer que quando a gente fala nível de suporte, nós estamos olhando o que aquele ambiente tem em termos de barreiras que pode prejudicar a vida da pessoa autista. Então, o nível de suporte um é aquele que exige muito apoio.
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Ana Flávia

Nível de suporte dois é aquele que exige um apoio substancial, envolvendo auxílio para atividades cotidianas e o nível de suporte três exige um apoio mais substancial ainda. Então, por exemplo, a gente tem em nível de suporte três Autistas que são não verbais. Vão precisar, por exemplo, de um apoio em relação à comunicação alternativa. Então, falar desse nível de suporte é lançar o olhar sobre as barreiras também que existem no meio, que impedem ou dificultam a inclusão dessa pessoa autista na sociedade.
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Ravena

Ana Flávia, quais são os desafios para os autistas na universidade?
00:03:18:06 - 00:03:43:02

Ana Flávia

Pessoas autistas na universidade têm desafios em diferentes áreas. Só para vocês terem ideia, eu vou ler um relato da Donna Williams, que é uma pessoa autista que escreveu uma auto biografia e ela diz assim, olha, "a universidade reabrir as suas portas. E eu mergulhei desesperadamente nos estudos. Eu estava completamente desorientada. Os lugares eram imensos, com muitas paredes, muita gente, muitas lâmpadas de neon.
00:03:43:02 - 00:04:06:12

Ana Flávia

Eu passava muito tempo procurando os interruptores para apagar essas luzes, pois a luz me adormecia. No curso de Filosofia, o professor dissera finalmente que eu era bizarra. Tentei explicar-lhe que era impossível acompanhar o ritmo da classe, bem como de compreender o manual e que eu não fixava nada daquilo que lia, exceto os nomes sem significação. O diretor concluiu que eu era uma imbecil sem esperança.
00:04:06:12 - 00:04:33:14

Ana Flávia

Minhas relações sociais, como de costume, eram também reduzidas". Esse relato da Donna Williams aí, ele nos mostra inúmeros desafios para o autista na universidade, desafios sensoriais, de luzes, de cores na parede, desafios em relação à interação social. A gente como professor, como gestão, nós precisamos pensar em como adequar esse ambiente para que esse autista realmente esteja incluso na universidade.
00:04:33:16 - 00:04:42:17

Ravena

Professora, aproveitando o tema trazido pela citação, há um mito de que as pessoas com transtorno do Espectro Autista não têm amigos. Como é isso?
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Ana Flávia

Você falou corretamente Isso é um mito, né? Na verdade, não é que as pessoas autistas não queiram ter amigos ou não gostem de ter amigos. A Donna Williams, ela conta que durante duas semanas, na escola dela, ela abordou várias pessoas perguntando se aquela pessoa poderia ser amiga dela. E ela dizia assim "Se tu me conhecesses queria ser minha amiga?
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Ana Flávia

Insistia e eu. Terminei deixando pra lá e me sentando no chão, num canto sobre a grama no fundo do pátio. Alguns meses mais tarde, duas meninas decidiram me deixar conviver com elas. Eu não gostava do que elas diziam. Mentalmente eu me distanciava dela e logo elas se descartaram de mim. Caí numa depressão que se prolongou por um ano".
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Ana Flávia

Eu acho que esse é um relato que me traz algumas coisas interessantes. A maneira de se construir amizades, uma maneira atípica, diferente de nós, neurotípicos. Então elas saem na escola perguntando se alguém poderia ser amigo dela e, além disso, quando ela diz que ela caiu numa depressão, mostra o quanto essas pessoas desejam sim ter amigos. A gente tem vários relatos de autistas que falam sobre essa necessidade, esse desejo de fazer amizades, mas muitas vezes há uma dificuldade de compreensão das relações sociais.
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Ana Flávia

Eu acho que isso precisa ficar bem claro, porque senão a gente constrói aquele mito ou reforça o mito de que o autista quer viver num mundo próprio, o que não é verdade. As pesquisas mostram o contrário, que os autistas querem sim ter amigos. Talvez a maneira de fazer amigos é diferente da nossa maneira neurotípica.
00:06:13:07 - 00:06:18:01

Ravena

Muito importante essa informação. E quais são os principais desafios para o autista?
00:06:18:03 - 00:06:52:21

Ana Flávia

A gente já vem falando um pouco sobre esses desafios, mas eu acredito que talvez hoje, pelos discursos dos autistas, aquilo que eu pesquisei, talvez o maior desafio seja o trabalho em grupo. Eles sempre pedem professor, eu não gostaria de fazer trabalho em grupo. E quais os motivos para isso? Eu vou trazer aqui um relato de um autista numa pesquisa que eu fiz e ele diz assim "O trabalho em grupo incomoda, principalmente pela falta de compromisso dos colegas, o olhar e a forma de lidar do outro, incluindo discussões desnecessárias e o excesso de controle do autista prejudica no grupo.
00:06:52:24 - 00:07:23:19

Ana Flávia

O autista muitas vezes não está aberto a negociar ideias que para ele, sobre um ponto de vista lógico, estão mais que corretas, infalíveis. Somente uma habilidade argumentativa e de conciliação por parte dos interlocutores pode fazer com que se reverta". Então, assim, a explicação para essa dificuldade de trabalho em grupo ela é diversa. É incrível como a maioria desses autistas que eu já entrevistei eles dizem e ressaltam essa dificuldade de fazer trabalho em grupo na universidade.
00:07:23:21 - 00:07:31:06

Ravena

Certo. Então precisamos, como docentes, flexibilizar os trabalhos em grupos para pessoas com transtorno do Espectro Autista?
00:07:31:08 - 00:07:58:07

Ana Flávia

Ai eu penso que é tão importante que os professores tenham conhecimento sobre essa característica e conversem com o aluno, porque nem todos os alunos autistas têm dificuldades para fazer trabalho em grupo. Mas eu acho que isso é muito importante, porque uma das coisas que eu tenho visto na minha prática também sendo uma das coordenadoras de inclusão da Faculdade de Educação, é perceber o quanto esse aluno muitas vezes está desmotivado a continuar um curso por conta e muitas vezes da falta de compreensão dos professores.
00:07:58:07 - 00:08:18:06

Ana Flávia

Eu tive uma aluna, por exemplo, que ela conversou com a professora, falou da dificuldade do trabalho em grupo e a professora disse não, mas você consegue fazer o trabalho em grupo. E aí ela conversou comigo e disse Olha, professora, a milionésima vez que isso acontece na minha vida, eu só quero me formar. Eu já desisti de vários cursos, então não suporto mais essa situação.
00:08:18:06 - 00:08:38:22

Ana Flávia

E eu sempre gosto de dar um exemplo. A gente nunca fala para um cadeirante assim, coloca o cadeirante em frente a uma escada e diz olha, sai da cadeira e suba as escadas porque você consegue. Mas para o autista a gente diz Olha, você consegue sim fazer trabalho em grupo e aí a gente desconsidera uma das maiores características do autista, que é essa dificuldade aí na interação social.
00:08:38:22 - 00:08:43:05

Ana Flávia

Então eu acho que a gente precisa sim flexibilizar essa questão com urgência.
00:08:43:11 - 00:08:48:18

Ravena

Pois é muito triste em um cenário que temos vários estudantes autistas na universidade.
00:08:48:18 - 00:09:14:00

Ana Flávia

Eu acho que nós precisamos entender, por exemplo, que essa interação social, muitas vezes ela provoca uma sobrecarga sensorial muito grande. Tem uma autora que ela diz que considerando que o ser humano é uma das fontes mais ricas de estimulação simultânea, tom de voz, expressão facial, gestos, tudo o que acontece ao redor, esse retraimento social e as estereotipias seria uma forma de fugir dessa sobrecarga.
00:09:14:00 - 00:09:30:07

Ana Flávia

Então a gente não pode desconsiderar que a interação social muitas vezes traz uma sobrecarga sensorial muito grande pra pessoa autista. Eu acho que os professores precisam ser formados. Isso precisa passar pela formação dos professores para que eles entendam essas especificidades.
00:09:30:09 - 00:09:34:06

Ravena

E como podemos proceder enquanto instituição em relação a isso?
00:09:34:08 - 00:10:01:13

Ana Flávia

Eu penso que nós podemos organizar outras formas de avaliação que nós precisamos acolher o aluno autista, perguntar pra ele qual seria a melhor forma, né? Acho que uma coisa interessante também sobre essa sobrecarga sensorial é que a gente muitas vezes precisa ter um espaço de escape dentro da universidade. Eu já tive aluno que me pediu a professora por favor, conversa com professor, diz que eu tenho que sair às vezes da sala de aula, porque muitas vezes eu estou muito sobrecarregada.
00:10:01:13 - 00:10:32:00

Ana Flávia

Eu estou muito cansada. Eu só preciso ir lá, dar uma volta, descansar um pouco e voltar para as salas de aula. E aí às vezes a gente como coordenador de inclusão, a gente precisa fazer essa mediação para que o professor entenda que não é falta de compromisso do aluno, mas que muitas vezes ele precisa desse tempo e desse espaço para que essa sobrecarga sensorial que ele vivencia e que muitas vezes traz tantos prejuízos quando ele sai de sala de aula e às vezes vai para um espaço reservado, um espaço mais tranquilo, ele consegue se regular e voltar novamente para a sala de aula.
00:10:32:02 - 00:10:36:03

Ravena

E com relação ao hiperfoco, como a universidade pode lidar?
00:10:36:03 - 00:10:59:14

Ana Flávia

Hoje eu acho que essa é uma das coisas mais legais em relação ao autismo também, porque o professor pode utilizar esse hiperfoco para pesquisa, porque o autista, quando ele gosta de determinada coisa, ele realmente foca naquilo e aquilo passa a ser, às vezes vira até uma obsessão para ele. E sobre esse hiperfoco, por exemplo, a Temple Grandin, num dos livros que ela escreveu sobre autismo, ela é uma pessoa autista.
00:10:59:14 - 00:11:39:03

Ana Flávia

Ela já tem vários e vários livros escritos sobre autismo. É uma pessoa de muita proeminência. Ela fala que esse hiperfoco no autismo, que essas obsessões, elas podem ser grandes motivadoras para as pessoas autistas. Então assim, esse professor, ele pode canalizar essas obsessões, esse hiperfoco para atividades relevantes dentro da universidade, como por exemplo, a pesquisa, extensão. Eu acho que a partir do momento em que esse professor identifica esse hiperfoco, é interessantíssimo se trabalhar com esse pessoal em sala de aula, além de ser poder ser utilizada para pesquisa e tudo, ela também pode ser uma motivadora da construção de relações sociais.
00:11:39:03 - 00:11:51:23

Ana Flávia

Tem vários autores que falam isso. O professor pode formar pares ou grupos em salas de aula que tem o mesmo interesse que esse autista tem, que seja o hiperfoco do autista. Então isso é uma maneira legal também da gente trabalhar em sala de aula.
00:11:52:00 - 00:11:55:08

Ravena

E sobre a previsibilidade, o que a senhora pode nos falar?
00:11:55:10 - 00:12:20:06

Ana Flávia

Outra questão importante não são todos os autistas que gostam da previsibilidade, mas eu posso dizer e afirmar com muita certeza que grande parte deles gostam da previsibilidade. E isso eu posso falar porque já li várias pesquisas sobre isso. A importância dessa previsibilidade na universidade, que o aluno saiba, por exemplo, o que vai ser trabalhado naquela disciplina, qual é o cronograma, quando, como vai ser trabalhado.
00:12:20:06 - 00:12:43:04

Ana Flávia

Isso é garantir a previsibilidade, por exemplo, que se o professor for fazer uma mudança de última hora, que essa pessoa autista seja avisada para que ela possa se preparar. Por exemplo, eu tenho alunos autistas na minha disciplina que eles gostam sempre sentar no mesmo lugar, às vezes mudar a dinâmica da sala, mudar, mudar as coisas sem sem que essa pessoa seja avisada pode causar um transtorno muito grande.
00:12:43:04 - 00:13:08:14

Ana Flávia

Inclusive, a pessoa autista pode até entrar em crise por conta disso. Então, quanto mais previsível a gente puder ser, então você vai, por exemplo, fazer uma prova, uma avaliação. Deixe claro o que é o conteúdo da avaliação e deixa claro para o autista que cronograma é esse, quanto tempo ele vai ter. Às vezes as coisas precisam ser mais explícitas para pessoa autista, então acho que garantir essa previsibilidade é muito importante na universidade.
00:13:08:16 - 00:13:15:24

Ravena

Entendi. Para finalizar, o que mais a universidade pode fazer para acolher estudantes com Transtorno do Espectro Autista?
00:13:16:05 - 00:13:43:02

Ana Flávia

Na minha fala eu trouxe várias coisas, mas eu vou tentar resumir: disponibilizar a programação com antecedência e avisar o estudante sobre eventuais alterações no cronograma é muito importante. Apoio na socialização, então ver dentro das salas de aula quem são esses alunos que são mais sensíveis a essas questões de inclusão e formar pares, pessoas que possam estar andando com essa pessoa autista e facilitando esse processo de socialização.
00:13:43:03 - 00:14:08:19

Ana Flávia

Dilatação do tempo na entrega das atividades. Isso é uma coisa que é garantida por lei, garantida pela lei brasileira da inclusão. Então o que esse aluno tem um tempo maior para entregar a avaliação ou para fazer avaliação. Isso é importante. Outra coisa importantíssima, aula com mais informações visuais. A gente tem aí um número expressivo de autistas que são visuais e que vão se beneficiar muito de uma aula em que o professor usa muitos recursos visuais.
00:14:08:19 - 00:14:28:20

Ana Flávia

Eu não estou dizendo que todos os autistas são visuais, mas há um número expressivo aí de autistas, a própria Temple Grandin que eu acabei de falar para vocês, ela diz que ela aprende muito mais de maneira visual. Uma comunicação mais objetiva. Às vezes a gente tem aluno que chega e fala O professor disse pra mim que vai cair tudo, todo o conteúdo na prova, mas que é todo o conteúdo.
00:14:28:21 - 00:15:12:00

Ana Flávia

Então talvez ser mais objetivo, pontuar melhor, às vezes até escrever, deixar isso mais claro, mais explícito para a pessoa autista. Muitas vezes o autista, ele tem dificuldades com metáfora. Por exemplo, se você disser vai chover canivete, às vezes ele vai entender literalmente que está chovendo canivete. Obviamente, é muito difícil a gente falar sem usar figuras de linguagem, mas que a gente tem esse cuidado em relação a linguagem e que a gente esteja ciente que o autista muitas vezes tem essa dificuldade com como metáfora, pensar também na organização do espaço que seja inclusivo para a pessoa autista, assim como os cadeirantes precisam de acessibilidade, as pessoas autistas também precisam de acessibilidade por questões sensoriais.
00:15:12:00 - 00:15:39:22

Ana Flávia

Então, organizar uma sala de aula que não seja cheia de coisas na parede, de muitos estímulos, pensar até às vezes na própria cor de roupa que nós vamos dar aula. Porque se esse aluno foi hipersensível, você vai de vermelho, por exemplo, ele pode ter dificuldade até de manter o foco naquilo que você está falando. As barreiras são inúmeras e nós precisamos pensar como incluir esse estudante pensando nessas especificidades das pessoas autistas.
00:15:39:24 - 00:15:56:23

Ravena

Muito bem, Aprendi muito sobre o Transtorno do Espectro Autista. Espero que vocês, ouvintes, tenham também aprendido bastante. É importante sabermos, para melhor agirmos, que todo mundo seja acolhido na nossa universidade. Agradeço a professora Ana Flávia pelas valiosas contribuições.
00:15:57:00 - 00:16:20:21

Ana Flávia

E Ravena, eu que agradeço. Fico muito feliz por ter esse espaço aqui de fala, poder falar um pouco sobre a inclusão do autista na universidade. A gente ainda tem poucas pesquisas nessa área. Queria lembrar também que a gente tem um grupo de acolhimento na universidade, que é o Saudável-mente que eu acho que é um grupo importantíssimo. Muitas vezes esse autista não vai precisar de apoio pedagógico, mas ele vai precisar de apoio psicológico.
00:16:20:21 - 00:16:43:06

Ana Flávia

Então a gente tem esse grupo. Enfim, lembrar que a universidade também precisa ser um espaço, inclusivo e que a inclusão passa pela formação dos professores. Então, como universidade, a gente precisa estar pensando na formação dos professores para acolher a diversidade. Dentro dessa diversidade, a pessoa com transtorno do espectro autista ou a pessoa autista, o estudante autista. E é isso.
00:16:43:06 - 00:17:02:08

Ana Flávia

Acho que a gente tem que pensar nesse acolhimento e nessa escuta. Eu acho que jamais nós podemos padronizar tudo isso daqui que eu falei. São características, mas jamais podemos padronizar. Nós temos que pensar na inclusão que a inclusão passa por essa escuta atenta do que esse aluno autista traz para nós, professores.
00:17:02:10 - 00:17:08:12

Ravena

Mais uma vez, obrigada, professora Ana Flávia e agradecemos também a vocês, ouvintes. E até a próxima!
00:17:08:14 - 00:17:28:21

Ana Flávia

Eu que agradeço e agradeço por essa oportunidade mais uma vez e espero que esse podcast sirva para que as pessoas conheçam mais sobre o autismo e que busquem informações. Hoje a gente tem diversos canais de informação. Fiquei muito feliz poder estar aqui nesse momento.
00:17:28:23 - 00:17:42:14

Assinatura Institucional

Esse podcast é um oferecimento da Pró-Reitoria de Graduação da UFG, a PROGRAD e foi desenvolvido pela UFG por meio do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, numa parceria com o Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia. O CETT.
# 7 - Guia de Monitores
Nesse Gradcast vamos entender um pouco mais sobre as rotinas do trabalho como monitor e monitora.
00:00:01:10 - 00:00:09:06

vinheta

Esse é o Grad Cast. Boas vindas aos monitores de graduação.
00:00:09:07 - 00:00:46:10

Amone

Prezados e prezadas monitores e monitores, sejam bem vindos e bem vindas a monitoria na UFGD, sou Amone Inácia Alves, diretora de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência da Pró-Reitoria de Graduação PROGRAD. Estaremos juntos e juntas nesse podcast intitulado Grad Cast para falarmos sobre esse importante programa para nossa instituição. Chamamos para essa conversa Ravena Cardoso e Cruz, atual coordenadora de projetos de ensino e monitoria da PROGRAD, que vai nos ajudar a entender um pouco sobre as rotinas, ou seja, o seu trabalho de monitor e monitora.
00:00:46:12 - 00:00:49:02

Amone

Seja bem vinda Ravena!
00:00:49:04 - 00:01:03:12

Ravena

Olá professora Amone. Olá ouvintes, sou Ravena, técnica em assuntos educacionais e estou na coordenação desse programa. É uma satisfação estar com vocês aqui tirando dúvidas e indicando caminhos. Espero que as principais questões sejam resolvidas.
00:01:03:14 - 00:01:07:02

Amone

Para início de conversa, fale aí: o que é monitoria?
00:01:07:04 - 00:01:29:21

Ravena

Muito bem! A monitoria é um programa acadêmico que busca promover o desenvolvimento do ensino e fomentar as aptidões dos estudantes relacionadas à docência através da monitoria um estudante, o monitor, realiza atividades de cunho pedagógico sob a supervisão de um docente, o professor orientador, com o objetivo de contribuir para o aprendizado de seus colegas.
00:01:29:23 - 00:01:34:22

Amone

Certo. Então, qual é o papel do monitor nesse programa?
00:01:35:00 - 00:02:04:14

Ravena

São vários. O monitor deve desenvolver o plano de trabalho em conjunto com o professor orientador, auxiliando o nas atividades didáticas, o que inclui auxiliar os estudantes, em especial os que estejam apresentando baixo rendimento na aprendizagem, bem como os estudantes com deficiência. É uma excelente oportunidade para quem deseja um dia ser professor e desenvolver suas habilidades. Bom, para cumprir com essas missões, o estudante deve dispor de 12 horas semanais a serem dedicadas à atividade da monitoria.
00:02:04:17 - 00:02:19:12

Ravena

Lembrando que ao final das atividades também é papel do monitor preencher e submeter o relatório de monitoria no período estabelecido pelo edital. Sem esse relatório preenchido e validado pelo orientador, o monitor não consegue acessar seu certificado.
00:02:19:14 - 00:02:27:00

Amone

Enquanto te ouvia me surge uma dúvida Ravena, o monitor pode inovar e propor novas metodologias?
00:02:27:02 - 00:02:44:15

Ravena

Pode sim. Esse é um trabalho a ser desenvolvido em conjunto, uma parceria entre orientador e monitor. Inclusive, espera se que o monitor comunique seu orientador sobre as eventualidades que ocorrerem no aprendizado dos discentes, sugerindo, a partir delas, melhorias ou inovações que contribuam para o ensino.
00:02:44:17 - 00:02:55:11

Amone

Bom, apesar da autonomia para propor inovações, o monitor tem algumas limitações quanto ao que pode fazer, correto? O que ele não deve fazer durante a monitoria?
00:02:55:13 - 00:03:25:10

Ravena

Essa pergunta é importante. O monitor não poderá exercer a atividade alheia ao projeto de ensino ou ao plano de trabalho de monitoria. Além disso, é vedado aos monitores realizarem qualquer atividade sem a supervisão do professor orientador, especialmente substituindo o nas aulas e na aplicação de avaliação. Caso você, monitor, fique em dúvida se alguma das suas atribuições foge ao escopo da monitoria, converse com o coordenador de programas e projetos dessa unidade.
00:03:25:12 - 00:03:36:21

Amone

Certo. Muito importante essa informação, mas vamos lá. Se eu sou uma estudante da UFG que deseja ser monitora, como faço para me cadastrar no programa?
00:03:36:23 - 00:03:59:02

Ravena

Vocês tem que estar atentos à publicação dos editais. Sempre avisamos sobre sua publicação através do e-mail e redes sociais institucionais. Eles são abertos a cada semestre e as inscrições costumam ocorrer nos primeiros dias de aula. Aproveito a oportunidade para reafirmar a importância de que todos leiam o edital deste e de qualquer processo seletivo dos quais forem fazer parte.
00:03:59:05 - 00:04:22:19

Ravena

Este é o documento que organiza toda a seleção e também dá diretrizes sobre o trabalho. Lá constam as informações relativas a quem pode se inscrever, o prazo que tem para fazer isso, quais são as possíveis formas de seleção a serem utilizadas pelo professor, entre outros temas. Em resumo, o edital é a resolução da monitoria. Aliás, outro documento importante de ser mencionado, a resolução CEPC 1693 de 2021
00:04:24:17 - 00:04:46:05

Ravena

são os documentos que estabelecem os direitos e deveres dos monitores e orientadores. Bom, feito este a parte e voltando a como se inscrever quando o período de inscrições estiver aberto, o estudante deverá acessar o portal do Discente no Sigaa, Menu "Monitoria", submenu, "Inscrever-se em seleção de monitoria" e procurar lá a vaga pela qual tem interesse.
00:04:46:07 - 00:04:55:09

Amone

Certo. Considerando que me inscrevi, participei da seleção e fui classificada entre as vagas. Como faço para aceitar a monitoria?
00:04:55:11 - 00:05:29:12

Ravena

Após concluída a etapa de seleção, o professor convocará os estudantes aprovados. Quando convocado, o estudante receberá a notificação via e-mail e terá 48 horas para aceitar a monitoria. Procedimento também realizado através do Portal do Discente no Sigaa. Aqui tem uma observação importante: caso você, estudante convocado, já receba outra bolsa acadêmica e deseje continuar recebendo essa outra bolsa, deve ou recusar a monitoria ou solicitar ao coordenador do projeto de monitoria que seja convocado com o vínculo de entre aspas, "não remunerado".
00:05:29:13 - 00:05:32:16

Amone

Então não é possível acumular bolsas?
00:05:32:18 - 00:06:10:03

Ravena

Não, não é possível. Essa é uma pergunta bem frequente também. O edital da monitoria veda a acumulação da bolsa com qualquer outra bolsa de caráter acadêmico. Por exemplo, PIBIC, PIBID, PROLICEN. A única bolsa que pode ser recebida junto com a monitoria é a bolsa de Assistência estudantil. E mesmo que seja em caráter voluntário, o estudante deve estar atento para não se comprometer com uma carga horária que depois não conseguirá cumprir, pois como está inclusive explícito na resolução da monitoria, abre aspas "O horário das atividades de monitor não poderá, em hipótese alguma, prejudicar suas atividades como estudante".
00:06:10:05 - 00:06:38:04

Amone

Isso é muito importante, Ravenna Os estudantes que se comprometem com a função de monitores devem dedicar se a realizar um bom trabalho. A monitoria é muito mais do que um certificado. É uma oportunidade de contribuir para o aprendizado dos colegas ao mesmo tempo que para o auto desenvolvimento profissional. Mas o que fazer caso surja algum imprevisto e o monitor não consiga cumprir com suas atribuições ao longo do período previsto para o plano de trabalho?
00:06:38:06 - 00:06:39:21

Amone

O que é possível fazer?
00:06:39:23 - 00:07:05:15

Ravena

Realmente pode acontecer, Amone. A vida de todos nós está sujeita a imprevistos. Caso, por qualquer motivo, o monitor não possa dar continuidade às suas atividades ou não possa dedicar se às 12 horas semanais da monitoria, deve avisar ao professor orientador e enviar relatório de desligamento da monitoria através do portal do discente no Sigaa clicando nos menus "Monitoria", "Meus relatórios", "Cadastrar relatório de desligamento".
00:07:05:18 - 00:07:26:10

Ravena

Aqui cabe uma observação importante: a solicitação de encerramento da monitoria, trocas de monitores ou alteração de dados bancários dos monitores deve sempre ser realizada antes da emissão da requisição de pagamento, realizada em geral até o dia 20 de cada mês, para que assim as alterações realizadas possam surtir efeito no pagamento subsequente.
00:07:26:12 - 00:07:54:06

Amone

Entendi. Fica então a dica para os monitores, monitoras, professores e professoras: sempre avisem da substituições e alterações com o máximo de brevidade possível e antes do dia 20 de cada mês. Ravena, pelo que acompanho dos atendimentos que a coordenação da monitoria realiza, vejo que parte significativa refere se a problemas relativos ao pagamento, o que costuma gerar esses problemas?
00:07:54:08 - 00:08:15:15

Ravena

É verdade, Amone. Essa é uma questão que sempre traz problemas para a gestão da monitoria e acaba implicando em atrasos nos pagamentos aos discentes. Quase sempre o que ocorre é que os estudantes esquecem-se de atualizar os seus dados bancários no sistema acadêmico ou os registram de forma incorreta. Por isso, sempre solicitamos aos monitores que, tão logo tornem se monitores, confiram no Sigaa
00:08:16:06 - 00:08:21:12

Ravena

no menu "meus dados pessoais" se os dados bancários estão corretos e completos.
00:08:21:14 - 00:08:30:02

Amone

Olha, isso é muito importante. Fiquem atentos. E quanto a quantidade de bolsas, quantas são? Quando são pagas?
00:08:30:03 - 00:08:57:18

Ravena

Amone, os valores e quantidade de bolsas podem variar de edital para edital. É importante que os estudantes sempre confiram essa informação no edital vigente. O edital que está ora em andamento no semestre 2023-2 prevê o pagamento de três bolsas no valor de R$ 394,00 cada, pagas mensalmente relativas aos quatro meses de trabalho. Lembrando que as bolsas são sempre pagas após o período trabalhado, cerca do dia dez do mês subsequente.
00:08:57:20 - 00:09:14:12

Ravena

Ah! professora Amone... professora e estudantes que nos ouvem, lembrem se que é dever de vocês monitores, acompanhar o correto recebimento das bolsas. Na hipótese de não recebimento de alguma bolsa a qual faria direito. Vocês devem avisar a coordenação de Programas e Projetos.
00:09:14:13 - 00:09:17:16

Amone

E sobre a certificação Ravenna, como funciona?
00:09:17:18 - 00:09:41:01

Ravena

Para obtenção da certificação, os monitores devem ter cumprido com as atividades previstas no plano de trabalho e ao final, devem enviar o relatório final via Sigaa. Para enviar o relatório final, o monitor deve acessar o Sigaa, menu "Monitoria", submenu "Meus relatórios" e então clicar no ícone "Cadastrar Relatório Final". Após o envio, o professor orientador deve validá lo tão logo seja validado
00:09:41:01 - 00:09:48:00

Ravena

o discente consegue acessar o próprio certificado no menu "Monitoria", Submenus, "Meus certificados" e "certificados de projetos".
00:09:48:05 - 00:09:57:10

Amone

Para finalizar, caso os estudantes tenham alguma dúvida sobre a monitoria que não comentamos aqui, onde eles podem obter mais informações?
00:09:57:12 - 00:10:19:06

Ravena

Temos muitas informações no site da PROGRAD. Para acessá-las, basta clicar no menu "Estudante" e então em "Programas e Projetos". Lá encontrarão informações acerca da monitoria e de outros programas geridos pela PROGRAD. Caso não encontrem lá a resposta ao que procuram, podem entrar em contato com a Coordenação de Programas e Projetos da unidade Acadêmica da qual fazem parte.
00:10:19:11 - 00:10:27:05

Ravena

Eles saberão informar a respeito das especificidades de cada curso. Para qualquer caso omisso, podem nos procurar também na PROGRAD.
00:10:27:07 - 00:10:40:16

Amone

Maravilha Ravena, Agradecemos as informações. Acredito que com elas os estudantes têm agora uma boa noção do que é o programa de monitoria. Espero que possamos ter muitos inscritos nas próximas edições.
00:10:40:18 - 00:10:58:14

Ravena

Eu que agradeço a oportunidade. Este é um programa muito caro para nós, pois ele tem grande relevância na qualificação do ensino e apoio aos estudantes. Também espero que tenhamos muitos monitores nas próximas edições. Um abraço para todos e todas. Até mais!
00:10:58:16 - 00:11:10:15

Amone

Gente, chegamos ao final de mais uma atividade do Grad Cast. Contamos com vocês para as próximas também, certo? Até mais!
00:11:10:17 - 00:11:24:08

vinheta

Esse podcast é um oferecimento da Pró-Reitoria de Graduação da UFG, a PROGRAD e foi desenvolvido pela UFG por meio do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, numa parceria com o Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia. O CETT
# 6 - Atendimento em casos de epilepsia
Nesse Gradcast falaremos sobre o atendimento emergencial nos casos de epilepsia, desmistificando e pensando em acolhimento.
00:00:01:09 - 00:00:08:05

Vinheta

Semana do Planejamento UFG. Atendimento em casos de epilepsia.
00:00:08:07 - 00:00:35:22

Amone

Prezados e prezadas ouvintes, sejam bem vindos e bem vindas a UFG. Sou Amone Inácia Alves, Diretora de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência da Pró-Reitoria de Graduação DADE. Estaremos juntos e juntas nesse podcast da PROGRAD intitulado Grad Cast para falarmos sobre o atendimento emergencial nos casos de epilepsia. Essa ação é um desdobramento da 11.ª Semana de Planejamento da UFG,
00:00:36:03 - 00:00:45:16

Amone

A qualidade está no acolhimento. Chamamos para essa conversa a professora Aline Priscila Pansani, estudiosa do tema. Seja bem vinda, professora Aline.
00:00:45:18 - 00:01:12:05

Aline Patrícia

Olá professora Amone. É uma satisfação estar com vocês aqui tirando dúvidas e indicando caminhos. Espero que possamos dialogar sobre a epilepsia, desmistificando e pensando em acolhimento. Falaremos de uma doença que atinge 70 milhões de pessoas atualmente no mundo, 90% em países em desenvolvimento, Lembrando que 75% das pessoas não recebem tratamento adequado. Estamos falando de 4% da população brasileira,
00:01:12:08 - 00:01:17:12

Aline Patrícia

30% dos pacientes são refratários de tratamento medicamentoso.
00:01:17:14 - 00:01:29:00

Amone

Que coisa! Não sabemos se todas as informações, não é mesmo? Por isso a importância dessa conversa. Fale para gente o que é epilepsia? Quais são as principais manifestações?
00:01:29:02 - 00:02:04:16

Aline Patrícia

Essa é uma dúvida muito comum. É um distúrbio cerebral causado pela predisposição permanente do cérebro em gerar crises espontâneas e recorrentes, acompanhadas também de as consequências neurobiológicas, cognitivas e sociais. As crises epilépticas são manifestações clínicas caracterizadas pela ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas decorrentes de uma descarga excessiva e sincronizada da rede neuronal. Podem ocorrer tanto de forma focal, ou seja, em um hemisfério cerebral como generalizada, ou seja, nos dois hemisférios cerebrais.
00:02:04:18 - 00:02:09:18

Amone

Entendi quais são as comodidades e distúrbios que estão associados?
00:02:09:20 - 00:02:22:15

Aline Patrícia

Veja bem, são os distúrbios do humor, depressão e ansiedade, alteração de memória, síndrome metabólica, os distúrbios do sono, o transtorno do déficit de Atenção e o Transtorno do Espectro Autista.
00:02:22:17 - 00:02:29:06

Amone

Outra dúvida. Como a epilepsia interfere no desempenho acadêmico dos nossos estudantes?
00:02:29:08 - 00:02:55:16

Aline Patrícia

Muito boa sua questão. É importante que todos saibam que as crises podem causar dores no corpo, machucados, alteração da memória, dores de cabeça, dificuldades de concentração. A crise é um evento desgastante para a pessoa e muitas vezes pode demorar até uma semana para se recuperar totalmente. Além disso, os medicamentos anticrise podem causar sonolência e também alterações da concentração e memória.
00:02:55:22 - 00:02:57:21

Amone

E há gatilhos para a crise?
00:02:57:23 - 00:03:33:20

Aline Patrícia

Essa pergunta é importante para divulgarmos entre os nossos colegas docentes e estudantes. Há vários gatilhos que podem desencadear as crises, como privação de sono, ansiedade, estresse emocional, consumo de risco para álcool e outras drogas, uso irregular dos fármacos anticrise, ciclo menstrual, no caso das mulheres, inclusive 40% das mulheres com epilepsia têm crises relacionadas ao ciclo menstrual. E, claro, também temos os estímulos luminosos, que correspondem a 3% dos casos de epilepsia.
00:03:33:23 - 00:03:43:13

Amone

Professora Aline, muito importante essa informação. Como nós, docentes, podemos colaborar nesses casos com os estudantes com epilepsia.
00:03:43:15 - 00:04:11:08

Aline Patrícia

Olha professora Amone, é necessário flexibilizar. Precisamos entender que podem ocorrer faltas e atraso na entrega dos trabalhos, por exemplo. Esses estudantes precisam ter suas dificuldades atendidas com o auxílio de monitores. É necessário que os estudantes se reúnam com o coordenador de curso, mas temos que ter muito cuidado para não expor esses estudantes. É importante conversarmos sobre o tema na universidade e indicar grupos de apoio que poderão ajudá-lo a não se sentir só.
00:04:11:10 - 00:04:22:04

Amone

Certo, professora Aline. Quais protocolos podem ser atendidos? Como nós docentes e estudantes podemos ajudar em caso de um estudante ou colega que estiver em crise de epilepsia?
00:04:22:06 - 00:04:49:14

Aline Patrícia

Olha, a Associação Brasileira de Epilepsia, ABE, criou um protocolo de primeiros socorros fácil de ser memorizado, chamado Calma. Este é um protocolo que adotamos e pode ser visto na página da PROGRAD. Manter a calma é importante, por isso o nome do protocolo. Para auxiliar na conduta das crises que ocorrem na UFG, nós também criamos um protocolo institucional que também está disponível na página da PROGRAD.
00:04:49:18 - 00:05:22:07

Aline Patrícia

É importante saber que crises com duração superior a cinco minutos são graves. Nestes casos, é importante chamar o SAMU, no 192. Além disso, é importante observar algumas recomendações importantes para os primeiros socorros na crise convulsiva. Primeiramente, devemos colocar a pessoa de lado, se possível. É importante também proteger a cabeça da pessoa, não deixando que ela bata retirar objetos que podem causar algum dano, como relógios, pulseiras e cordões,
00:05:22:11 - 00:05:40:08

Aline Patrícia

não colocar nada na boca da pessoa e além disso, nos desfazermos de alguns mitos, como por exemplo o mito de que a saliva, comumente chamada de baba, é contagiosa, o que não é verdade. Além disso, a epilepsia não é uma doença espiritual.
00:05:40:10 - 00:05:45:00

Amone

Realmente, Profª Aline, são vários os mitos da epilepsia, não é verdade?
00:05:45:05 - 00:06:19:07

Aline Patrícia

Exatamente professora Amone. E nunca é demais reforçar: indivíduo com epilepsia não necessariamente possui comprometimento cognitivo, mas as crises e os medicamentos anti crise podem impactar o desempenho acadêmico. Além disso, o stress e a privação de sono são gatilhos para crise. As crises podem levar ao óbito, como a morte súbita na epilepsia, também chamada de sudepe, acidentes como cair e bater a cabeça, por exemplo, e também o estado epiléptico, que são aquelas crises que não param após cinco minutos.
00:06:19:09 - 00:06:22:18

Amone

Então vamos reforçar os primeiros socorros?
00:06:22:20 - 00:06:39:06

Aline Patrícia

Sim, professora Amone. Lembrem-se: não colocar objetos na boca, não tentar desenrolar a língua, não jogar água, não restringir os movimentos da pessoa. Monitore o tempo, proteja a cabeça e principalmente: A epilepsia não é contagiosa.
00:06:39:07 - 00:06:52:05

Amone

Muito bem! Agradecemos a sua participação, professora Aline. Parabéns pelo seu estudo sobre a epilepsia. Com certeza aprendemos muito contigo na semana de planejamento e hoje. Muito obrigada!
00:06:52:07 - 00:07:21:08

Aline Patrícia

Eu quem agradeço e qualquer dúvida, há muita informação sobre epilepsia. Nunca é demais reforçar que acolhimento, informação e adequação da rotina acadêmica a pessoa com epilepsia salva vidas, melhora a qualidade de vida e contribui para sua independência. A UFG tem um projeto de extensão que visa a educação permanente da comunidade acadêmica e externa a UFG sobre epilepsia chamado Epilepsia em Foco, o qual é coordenado por mim.
00:07:21:12 - 00:07:25:17

Aline Patrícia

Participamos sempre das ações da PROEC em parques e escolas.
00:07:25:19 - 00:07:32:22

Amone

Chegamos a mais uma atividade do Grade Cast, o podcast da PROGRAD. Até a próxima!
00:07:33:00 - 00:07:46:15

Vinheta

Esse podcast é um oferecimento da Pró-Reitoria de Graduação da UFG, a PROGRAD e foi desenvolvido pela UFG por meio do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, numa parceria com o Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia. O CETT.
# 5 - A Prograd e o ensino
Nesse Gradcast discutiremos questões gerais envolvendo o ensino na Prograd.
Ainda não há transcrição para o episódio #5.
# 4 - Módulo 6: Programas e projetos da UFG
Nesse módulo, vejam como são os projetos e programas da UFG.

Vinheta

Vinheta de abertura com trilha sonora do Curso para Coordenadores

Entrevistador(a)

Vamos começar com os Projetos de Ensino e Monitoria. Convidamos para esta conversa Ravenna Cardoso da Cruz, servidora da Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência. Olá, Ravenna! Seja bem-vinda!

Convidado(a)

Olá, é um prazer estar aqui com vocês. Vamos falar sobre os projetos de ensino e monitorias.

Entrevistador(a)

Ravenna, vamos começar por compreender o que são os programas… Explique, por gentileza, o que são os Projetos de Ensino e qual ou quais são seus objetivos.

Convidado(a)

O projeto de ensino é o conjunto de ações de apoio pedagógico com vistas a ampliar as chances de sucesso acadêmico de estudantes do ensino fundamental, médio e de graduação que se enquadrem em uma ou mais das situações abaixo: dificuldade de aprendizado, em função de fragilidades de formação na educação básica; vulnerabilidades emocionais e sociais, que comprometam seu rendimento e sucesso acadêmico; - recorrentes reprovações e/ou baixo rendimento em componentes curriculares; - necessidades educacionais especiais, como deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades, superdotação e transtornos funcionais específicos e o interesse em desenvolver novas metodologias, tecnologias e práticas voltadas ao aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem

Entrevistador(a)

Certo. Enquanto você explicava fiquei com uma dúvida: os Projetos de Ensino podem substituir disciplinas?

Convidado(a)

Não, não podem. Podemos dizer que eles contribuem para o desenvolvimento dos componentes curriculares.

Entrevistador(a)

Entendi. Estes projetos se restringem à graduação ou podem também ser aplicados à educação básica, pós-graduação e comunidade externa?

Convidado(a)

Sim. Essa é a riqueza dos projetos. Eles podem ser interdisciplinares e até com outras unidades de ensino.

Entrevistador(a)

E quem pode propor um Projeto de Ensino?

Convidado(a)

Os professores e técnico-administrativos podem oferecer. No entanto, se envolver monitorias, só podem ser docentes os que ofertam .

Entrevistador(a)

Maravilha! A possibilidade de interlocução com a comunidade nas práticas de ensino parece realmente um recurso profícuo de trabalho. E Ravenna, suponhamos que eu tenha uma proposta de Projeto de Ensino. O que eu devo fazer para colocá-lo em prática?

Convidado(a)

Muito boa a sua questão. Primeiramente, é necessário abrir um processo SEI, com o plano de trabalho e a certidão aprovada no Conselho diretor. Em seguida, nos encaminhar na proggrad.

Entrevistador(a)

Certo! E vamos conversar agora sobre monitoria… o que é, quais são os objetivos da monitoria?

Convidado(a)

Boa pergunta. A monitoria é a atividade onde o discente auxilia os docentes nas atividades docentes. Por isso, precisa estar ligada a um componente curricular.

Entrevistador(a)

Compreendi. Então monitoria, é um tipo de Projeto de Ensino, com algumas especificidades… E qualquer professor pode ter monitor?

Convidado(a)

Sim, deve estar ligado ao projeto de ensino, aprovado e encaminhado pela unidade. Qualquer professor pode ter monitor, desde que oferte o componente curricular.

Entrevistador(a)

E o estudante? Como um estudante interessado em ser monitor pode se candidatar a uma vaga?

Convidado(a)

Os estudantes precisam ficar atentos aos editais, que são publicados a cada início do semestre...

Entrevistador(a)

Se este estudante receber outros tipos de bolsa da Universidade ele pode ser monitor também?

Convidado(a)

Isso mesmo. Ele não pode. O edital diz que: É vedada a acumulação de bolsa de monitoria com outra modalidade de bolsa acadêmica, exceção feita à Bolsa de Assistência Estudantil."

Entrevistador(a)

Ravenna, para encerrarmos, uma última questão: caso algum docente ou técnico esteja com dúvidas quanto à elaboração ou execução de um Projeto de Ensino, o que ele deve fazer?

Convidado(a)

Ele precisa entrar no site da prograd. Lá estão os tutoriais e demais informações importantes para ele.

Entrevistador(a)

Fiquei empolgada com estes projetos, parece um bom campo de possibilidades! Só nos resta agradecer sua participação e desejar um bom trabalho a todos! Agora é mão na massa!

Convidado(a)

Contamos com todos/as vocês para a divulgação dos projetos de ensino e os planos de trabalho das monitorias.Até logo!

Entrevistador(a)

Agora, dando seguimento ao conhecimento dos programas falaremos sobre o Programa de Residência Pedagógica (RP), o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa Bolsas de Licenciatura (PROLICEN). Convidamos para esta conversa a Diretora de Acompanhamento e Desenvolvimento Estudantil e a diretora Adjunta, as professoras: Ana Cristina Silva Rebelo e Marcilene Pelegrini Gomes, respectivamente. Sejam muito bem-vindos ao nosso curso! Qualquer estudante pode participar de todos os programas?

Convidado(a)

Boa pergunta. Todo aluno matriculado em curso de licenciatura com a partir de 50% de integralização curricular pode participar dos programas pibid e RP. Agora, fique atento. Não se pode acumular bolsa

Entrevistador(a)

O que nosso coordenador ou professor precisa orientar ao ouvinte estudante d para se candidatar a uma dessas bolsas?

Convidado(a)

Bem, professora Amone. Por editais lançados sempre que houver bolsas em vacância. Para o prolicen, o coordenador preenche no SIGAA a proposta de pesquisa, ao qual o estudante precisa se candidatar.

Entrevistador(a)

Entendi. E quanto ao papel dos diferentes envolvidos? Como os diferentes atores (MEC, Prograd, Coordenação de Curso, Coordenador de Programas e Projetos, Supervisor) interagem para a execução dos programas? Qual é o papel de cada um?

Convidado(a)

Essa é uma questão importante. As coordenações institucionais destes projetos se vinculam à Prograd e cabem a elas: elaborar projeto e submeter à Capes, gerir os programas no âmbito da UFG e estabelecer parcerias junto as redes de ensino da Educação Básica, dentro das normativas da Capes e da UFG. Já o Prolicen, diz respeito à pesquisa realizada sobre assuntos envolvendo as licenciaturas.

Entrevistador(a)

Certo! E o que deve fazer o professor da escola que deseja ser supervisor? Ele será contactado pela UFG ou deve se candidatar a esta função?

Convidado(a)

O Pibid e a RP acontecem por editais lançados sempre que houver bolsas em vacância e atendendo aos seguintes requisitos da Capes: i. possuir licenciatura que corresponda ao componente curricular ou ao curso do subprojeto, ii. possuir experiência mínima de 2 (dois) anos no magistério na educação básica; iii. ser docente de educação básica nas escolas das redes públicas de ensino que integra o projeto institucional e estar atuando em sala de aula na área ou etapa correspondente à habilitação concedida pelo curso que compõe o subprojeto; iv. possuir disponibilidade do tempo necessário para realizar as atividades previstas para sua atuação no projeto.

Entrevistador(a)

Professores, vendo da perspectiva do estudante. Como vocês avaliam que a participação nos programas podem contribuir para sua formação?

Convidado(a)

Olha, boa pergunta. O Pibid é uma demonstração de que uma política que disponibiliza bolsa para alunos é um investimento que valoriza e reconhece a importância social da profissão. Possibilita constante articulação entre a UFG e a escola desde o início do curso. A formação de um profissional com densidade teórico-metodológica capaz de ter autonomia para ensinar os conhecimentos necessários aos alunos da escola pública com aprendizados significativos para suas atuações no mundo.

Convidado(a)

Então, pedimos que olhem sempre a página da prograd, porque lá têm todos as informações necessárias para você que quer conhecer o pibid e o RP. Tchau!!!!

Entrevistador(a)

Falaremos agora sobre o Programa de Educação Tutorial. Em que consiste?

Convidado(a)

Olá, é importante destacar que o PET é um programa que está vinculado à PROGRAD, mas ele é fomentando pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação Superior.

Entrevistador(a)

O Programa de Educação Tutorial, mais conhecido como PET, prevê a realização de atividades de ensino, pesquisa E extensão pelos grupos sob a orientação de tutores. Ele abrange, portanto, as três frentes de trabalho da Universidade. Como vocês avaliam que a participação no programa contribui para a formação dos discentes?

Convidado(a)

Todo ano fazemos um relatório sobre as atividades de todos os grupos PET da UFG para enviar ao MEC, e os bolsistas e voluntários do programa respondem a diversas perguntas, e podemos notar o quanto eles avançam no seu desenvolvimento profissional e acadêmico conforme permanecem no programa. Fora esse relatório, temos também reuniões mensais que avaliam o desempenho dos grupos. O legal de participar do PET é que os integrantes são desafiados todos os dias a serem independentes, pró-ativos, a desenvolverem pensamento crítico, trabalhar em equipe, assumir posições de liderança, estabelecer relações promissoras com a sociedade que os cercam.

Entrevistador(a)

Quem escolhe os projetos a serem executados? Eles são propostos pelos discentes, pelos tutores ou podem ser projetos propostos pela comunidade, por exemplo?

Convidado(a)

Os projetos podem ser propostos por qualquer membro do grupo. Todo ano, os grupos PET fazem seus planejamentos para o ano seguinte. Neste planejamento o grupo todo discute e elabora os projetos que irão executar dentro dos objetivos do Programa que já são estabelecidos pelo MEC. Feito isso, esse planejamento é aprovado no nosso CLAA (Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação) e só então é enviado ao ministério.

Entrevistador(a)

Entendi. Vocês podem citar alguns exemplos de projetos realizados pelos grupos PET da UFG?

Convidado(a)

Profa Amone. A UFG possui 9 grupos PET – MEC, e eles atuam em diversas frentes. Na UFG temos grupos com o PET Matemática tem um trabalho muito lindo com as crianças do Circo Laheto, o projeto Matemágica. O PET Engenharias de Alimentos promove diversas oficinas para ajudar os alunos do curso em disciplinas com alto índice de reprovação. O PET Enfermagem sempre está fazendo oficinas e minicursos para trazer novos temas para área profissional do enfermeiro, como Enfermagem em Transporte aéreo de pacientes. O PET Licenciatura intercultural indígena trabalha na elaboração de um material para atender as diversas etnias envolvidas no grupo. O PET Biologia recentemente fez visitas técnicas ao Zoológico de Brasileira permitindo a outros estudantes do curso vivenciar essa experiência. O PET Geografia trabalha várias frentes do ensino de geografia na UFG, no CEPAE. O PET Engenharias trabalha com várias oficinas para melhorar os currículos dos cursos nos quais estão inseridos. O PET Nutrição tem projetos que estimulam a reciclagem na Faculdade de Nutrição e Enfermagem, além de um projeto muito interessante para desenvolver empatia entre os membros. PET Ciências Sociais, o Vila Boa, tem projetos em uma escola de ensino médio na Cidade de Goiás. Há projetos em asilos, em escolas de ensino fundamental e médio,

Entrevistador(a)

Maravilha! Parecem ser excelentes experiências formativas! Como o estudante interessado faz para participar do Programa? Quais são os critérios de seleção? O Programa é só para alunos de graduação?

Convidado(a)

Para o estudante participar ele precisa ficar atento nos cursos que possuem PET. Na UFG são os cursos de Ciências Biológicas do ICB; Enfermagem na FEN, Engenharias de Alimentos da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos; Engenharias Civil, Mecânica e Ciências da Computação na escola de Engenharias, Geografia no IESA; Matemática e Licenciatura Intercultural do IME; Nutrição na FANUT. No campus Goiás temos o PET Vila Boa que atende ao curso de Arquitetura, Direito, Ciências Sociais e Administração. Todo ano os grupos abrem editais para as vagas de bolsistas e voluntários, com as dinâmicas do processo seletivo. Cada grupo tem autonomia para decidir o modelo de processo seletivo querem adotar.

Entrevistador(a)

Sobre os projetos… podem ocorrer atividades interdisciplinares? O estudante de um curso pode se inscrever no grupo PET de outro curso?

Convidado(a)

Os grupos PET só permitem participação, enquanto bolsista ou voluntários de cursos diferentes, somente nos grupos que foram permitidos pelo MEC para atuarem multi-cursos. Exemplo: PET Engenharias e PET Via Boa (Goiás). Nos demais grupos é restrito aos alunos do curso, por força da criação pelo MEC. Contudo, os grupos PET pode elaborar e executar trabalhos juntos, dando um caráter interdisciplinar aos projetos. Isso acontece muito no PET da UFG.

Entrevistador(a)

Quanto aos docentes que se interessam pelo Programa, como fazem para se tornarem professores tutores? Quais são os critérios dessa seleção?

Convidado(a)

Os docentes podem se candidatar conforme os editais de tutores são divulgados pela PROGRAD. Recentemente, finalizamos dois editais, o do PET Licenciatura Intercultural e PET Nutrição. O período de tutoria são 3 anos, renováveis por mais 3 anos.

Entrevistador(a)

Renata, como ocorrem a avaliação dos trabalhos realizados pelos discentes e a dos Programas? Qual é o papel desempenhado pelos Comitês Locais de Acompanhamento e Avaliação do PET (os CLAAs)?

Convidado(a)

Bom. O CLAA avalia os trabalhos por meio dos relatórios anuais apresentados sempre ao final do ano, em reunião ordinária. Foram esse momento, também há as apresentações dos trabalhos durante o CONPEEX e nos eventos acadêmicos-científicos do PET, que são INTERPET – que reúne todos os PET do estado de Goiás (atualmente somos 13 grupos); o ECOPET que reúne todos os grupos PET da região Centro-Oeste; e o ENAPET que reúne os grupos do Brasil que ultrapassam 900 grupos.

Entrevistador(a)

Uma última pergunta para então encerrarmos o episódio: caso nossos ouvintes queiram saber mais sobre o PET, onde podem localizar mais informações? Quem devem procurar?

Convidado(a)

Podem acessar a página da PROGRAD, onde localização o link de cada grupo PET da UFG, ou enviar e-mail para coordenacaopet.prograd@ufg.br

Entrevistador(a)

Quantos programas, hein? Muita coisa boa para conhecer. Mas vamos lá, falaremos agora sobre o Programa de mobilidade da UFG, o Promover

Entrevistador(a)

Ana, nos apresente o Programa, por favor. O que é o Programa de Mobilidade Virtual?

Convidado(a)

O PROMOVER nasce em meio a Pandemia, aproveitando das aulas online, onde foi vislumbrado a possibilidade de uma integração grande entre as Instituições Federais de Ensino, e em Janeiro de 2021 foi lançado o Piloto, PROMOVER IFES, com 4 Universidades Federais, a UFG, UFMA, UFSB e FURG. E nas outras Edições, já com o grande apoio da Andifes, tivemos a participação de 12 IFES, com representantes de todas as regiões do país.

Entrevistador(a)

Entendi! E quem pode se inscrever para participar das disciplinas das outras instituições? É aberto a qualquer estudante da UFG? Inclusive de pós-graduação?

Convidado(a)

A lógica do PROMOVER é permitir a integração das IFES, no entanto, ainda estamos integrando apenas a graduação, assim, todo estudante regularmente matriculado na UFG pode participar de componentes curriculares oferecidos por qualquer outra Universidade de destino.

Entrevistador(a)

Quais critérios os estudantes devem levar em conta ao escolherem as disciplinas? Eles podem escolher qualquer uma? Quantas quiserem?

Convidado(a)

A oferta é bem diversa, no entanto orientamos que os estudantes conversem com seus coordenadores de curso para uma orientação do que poderá ser aproveitado posteriormente, ou o que irá agregar na sua formação universitária. Cada edital, a comissão define o número de componentes que pode se matricular, mas em geral, 2 a 3 por vez.

Entrevistador(a)

As disciplinas que o estudante cursar entrarão diretamente em seu currículo ou ele deve fazer algum procedimento para registrá-las? Se for uma disciplina que conste em sua grade curricular, o estudante conseguirá solicitar o seu aproveitamento na UFG?

Convidado(a)

Todos os componentes curriculares poderão ser aproveitados, respeitando as regras da Universidade. Assim, após a conclusão do componente, o estudante deve abrir processo SEI de “Aproveitamento de Componentes Curriculares” para que a coordenação avalie e faça o aproveitamento, seja em núcleo comum, específico ou núcleo livre.

Entrevistador(a)

Certo! E se eu sou um docente interessado em ofertar uma disciplina no Programa, como eu faço?

Convidado(a)

Toda oferta de componentes, nós iremos organizar reuniões e chamamentos para os professores interessados em ofertar componentes curriculares para o PROMOVER, lembrando que esta oferta não precisar necessariamente ser exclusiva para o PROMOVER, podendo ser ofertada algumas vagas nos componentes curriculares regulares.

Entrevistador(a)

Entendi! Espero que muitos docentes ofereçam disciplinas no Programa, para os estudantes e para os próprios professores deve ser uma rica experiência ter um público tão diversificado.

Convidado(a)

Com absoluta certeza. Tive a experiência de receber estudantes PROMOVER em duas oportunidades, e a troca sempre é bem vinda, pois a própria vivência em outro cenário é embasamento para as discussões dentro de sala de aula. Tive estudantes do Norte e Sul do país, e poder comparar as diferenças encontradas nestas regiões comparadas com a nossa foi super interessante.

Entrevistador(a)

André, onde nossos ouvintes podem acessar mais informações sobre o programa, saber sobre os novos editais ou tirar alguma dúvida que porventura tenham?

Convidado(a)

Temos o site do PROMOVER UFG em www.ufg.br/promover e o email promover.ifes@ufg.br

Entrevistador(a)

Me resta agradecer sua participação e desejar sucesso a todos os envolvidos no Promover! Mas não acabou! Vamos falar agora da mobilidade acadêmica. Ana o que é o Programa de Mobilidade Acadêmica? Qual a diferença dele para o Programa de Mobilidade Virtual, o Promover?

Convidado(a)

Os Programas de Mobilidade da UFG são o Programa de Mobilidade Estudantil (PME) viabilizado pelo Convênio Andifes), o Programa de Mobilidade entre as instituições públicas do Estado de Goiás, do qual participam UFG, UEG, IFG e IF Goiano, e o Programa de Mobilidade Interna em que participam os campi Goiânia, Aparecida de Goiânia e Goiás, da UFG. São programas de mobilidade presencial, distintos do Promover, que permite participação remota, dos estudantes em aulas nas instituições de ensino superior (IES) participantes.

Entrevistador(a)

Quais são os critérios para participação no programa? Qualquer estudante pode se inscrever?

Convidado(a)

O requisito de todos os programas é não ter participado da mobilidade anteriormente. Para o estudante que planeja participar do PME, não pode ter mais que duas reprovações nos dois semestres anteriores e deve ter no mínimo 20% de integralização no histórico no momento da inscrição. Para o estudante que almeja participar do PMIPES os requisitos são idênticos aos do PME. Para o estudante que busca participar do PMI, os requisitos são o máximo de 3 reprovações nos 2 semestres anteriores e 27% de integralização curricular. O PMI não admite prorrogação.

Entrevistador(a)

Todas as Instituições Federais de Ensino Superior participam do programa? Inclusive Institutos Federais?

Convidado(a)

Olha, Amone. Do PME participam as IES que aderiram ao Convênio Andifes de Mobilidade, na lista há universidades federais. A lista pode ser encontrada no site da Andifes ou das instituições participantes. Dado que essa lista costuma estar desatualizada devido aos novos ingressos de IES, é importante consultar sempre o site da IES na qual tem interesse de realizar mobilidade para verificar se a IES aderiu ao Convênio Andifes. Do PMIPES participam as públicas de Goiás, UFG, UEG, IFG e IF Goiano. Do PMI partica apenas a UFG, com seus campi: Goiânia, Cidade de Goiás e Aparecida de Goiânia.

Entrevistador(a)

Buscando informações na página da Prograd, vi que parte do processo é realizado pela Coordenação de Mobilidade, parte é feito pela Coordenação do Curso e parte pelo Centro de Gestão Acadêmica. Em se tratando de um estudante da UFG que deseja fazer mobilidade em outra instituição ou em uma regional da UFG: qual é o papel da Coordenação de Curso no processo?

Convidado(a)

A Coordenação de Curso, elabora com o estudante o Plano de Estudos e o assina. A Coordenação também viabiliza a certidão de Ata do Conselho Diretor (CD) para o estudante. A Coordenação também organiza a documentação do estudante para enviar para a Coordenação de Mobilidade, ou orienta o estudante a enviar a documentação via SEI.

Entrevistador(a)

Como a coordenação do curso fica sabendo sobre as instituições parceiras, procedimentos e prazos para inscrição dos estudantes?

Convidado(a)

Os prazos na UFG são de 1 a 20 de maio e de outubro. Algumas IES seguem calendários e dão orientações diferentes, cabendo ao estudante buscar essas informações e apresentá-las ao coordenador de curso que o ajudará a elaborar o Plano de Estudos.

Entrevistador(a)

Sobre o plano de trabalho que você mencionou: a análise dos possíveis aproveitamentos pode ser feita previamente? Antes de o estudante efetivamente cursar a disciplina?

Convidado(a)

Tudo o que está no Plano de Estudos aprovado será obrigatoriamente aproveitado. Os componentes extras que o estudante vier a cursar, autorizado pela Coordenação de Destino terão análise realizada pela Coordenação de Origem para eventual aproveitamento.

Entrevistador(a)

Ana, quais dicas você daria a um estudante que pretende participar do programa de mobilidade?

Convidado(a)

Se informe na página da Mobilidade da UFG e da IES na qual pensa em realizar mobilidade, algumas tem procedimentos diferentes e exigem mais documentos. Conheça todo o fluxo da Mobilidade em na página da UFG. Esteja com os planos de disciplinas/compontentes das IES de destino ao procurar o coordenador de curso para elaborar o plano de estudos. Analise os calendários das duas IES, de origem e de destino. Procure a coordenação do seu curso de origem para saber como proceder para elaborar Plano de Estudos e para conseguir a Certidão de Ata do CD.

Entrevistador(a)

Há algum outro aspecto que você desejaria destacar em relação ao programa?

Convidado(a)

Devido ao período de pandemia ainda há IES com calendários bastante diversos em suas datas. É preciso planejar antes de propor e realizar a mobilidade.

Entrevistador(a)

Muito esclarecedoras as informações! Caso algum servidor ou estudante tenha alguma dúvida, onde consegue esclarecê-la e onde pode encontrar mais informações?

Convidado(a)

Todo o processo é detalhado na página da prograd, onde tem mobilidade acadêmica presencial Basta buscar: mobilidade prograd ufg, no Google. E no e-mail mobilidade.prograd@ufg.br.

Entrevistador(a)

Excelente! Fica então registrado para os nossos ouvintes onde poderão se informar. Vejam que são muitos programas e projetos na Prograd. Na nossa página tem tudo. Agradecemos vocês, ouvintes. Espero que tenha sido úteis as informações aqui disponibilizadas. Reitero que estamos à disposição de vocês na Prograd. Até mais!

Convidado(a)

Agradeço, Amone. E até mais!

Vinheta

Vinheta de encerramento
# 3 - Perguntas Frequentes
Nesse módulo, discutiremos as principais dúvidas relativas ao trabalho de coordenação.

Vinheta

Vinheta de abertura com trilha sonora do Curso para Coordenadores

Entrevistador(a)

Prezados e prezadas ouvintes, chegamos ao último podcast para o curso de coordenadores. Eu sou Amone Inácia Alves, diretora de acompanhamento e desenvolvimento da docência. Nesse último módulo, tiraremos as principais dúvidas que vocês têm sobre a atividade de coordenação. Assim, sejam bem-vindos e bem-vindas ao módulo dúvidas frequentes sobre rotinas acadêmicas e de secretaria. Lembrando que essa ação faz, parte integrante do Programa de Formação Permanente de Coordenadores. Para falarmos sobre rotinas acadêmicas, falaremos das necessidades da atividade de coordenação. Chamamos aqui, Edyr Faria de Oliveira, Coordenadora de dados e normas acadêmicas para tirar as principais dúvidas. Edyr, quais são as dúvidas mais frequentes que as coordenações de curso têm e onde obter essas informações?

Convidado(a)

As dúvidas mais frequentes dependem muito do que está definido no semestre letivo. Por exemplo, no início de cada semestre o assunto mais frequente é a matrícula de estudantes e ao final, o que mais aparece é oferta de turmas.

Entrevistador(a)

Muito bem. No início do semestre, quais são as rotinas acadêmicas necessárias a serem realizadas?

Convidado(a)

Grande parte das rotinas acadêmicas estão previstas no Calendário Acadêmico, o que significa que há prazos estabelecidos. No que se refere à matrícula dos veteranos, as rotinas são realizadas pela DGC e pelo Cercomp. Mas é importante que as coordenações acompanhem a solicitação de matrícula dos veteranos. Por exemplo, se uma turma foi ofertada de modo incorreto interfere na matrícula, e precisa ser solucionado de forma urgente. As rotinas que competem exclusivamente às coordenações são de analisar os pedidos de acréscimo, cancelamentos e liberação de requisitos.

Entrevistador(a)

Certo. Eu fiquei com uma dúvida: quer dizer que os prazos não podem ser alterados? E se for necessário alterá-los, como devo proceder? Entrevistado(a) Os prazos estabelecidos no Calendário não podem ser alterados. Mas a depender de uma situação excepcional e justificada, poderá haver uma readequação.

Entrevistador(a)

Entendi. E sobre as rotinas acadêmicas durante o semestre?

Convidado(a)

Durante o semestre, existem rotinas acadêmicas específicas para estudante ingressante, veterano e o concluinte. Para o ingressante, é se ele está matriculado, verificar se possui ou solicitou aproveitamentos e inscrevê-los no Enade. Em relação ao veterano é: analisar pedidos de acréscimo, cancelamento, tratamento excepcional e mobilidade. E ao concluinte, é informar os prováveis formandos, validar atividades complementares e inscrevê-los no Enade. Acompanhar, se necessário, a segunda chamada, a revisão de nota. E para qualquer estudante, acompanhar os processos de tratamento excepcional. Vale lembrar que o trancamento de matrícula não é atribuição da Coordenação de Curso, mas do próprio estudante no portal do aluno - SIGAA.

Entrevistador(a)

Ótimo. Outra dúvida muito frequente aqui é sobre os atestados médicos. Eles abonam as faltas? Quais orientações podem ser dadas aos docentes?

Convidado(a)

Os atestados médicos não abonam a falta. Ele serve apenas para que o estudante possa fazer uma avaliação que tenha perdido no dia de sua ausência.

Entrevistador(a)

Maravilha! Quais são os documentos imprescindíveis para o coordenador tirar suas dúvidas?

Convidado(a)

Além do RGCG, as coordenações de curso devem consultar as instruções normativas. Temos, ainda, no site da Prograd, alguns tutoriais para auxiliar as coordenações em suas atribuições.

Entrevistador(a)

Para atendimentos de acréscimos, o que é necessário para orientar os/as estudantes?

Convidado(a)

O acréscimo está normatizado pelo RGCG. O que é necessário é o pedido ser analisado pela Coordenação do Curso ofertante nos prazos indicados pelo Calendário. E o estudante precisa ficar atento aos prazos para cobrar da Coordenação.

Entrevistador(a)

Se este estudante quiser trancar a matrícula durante o semestre, é possível? Quais são as possibilidades?

Convidado(a)

Há um prazo estipulado no Calendário para que o estudante possa solicitar o trancamento. O estudante veterano pode efetuar até 4 trancamentos. Mas o calouro não pode trancar, senão em caso de doença, trabalho ou serviço militar.

Entrevistador(a)

Certo! E vamos conversar agora sobre atividades de final de semestre. O que é mais importante saber?

Convidado(a)

Conferir se todos os docentes estão vinculados às turmas de forma correta, incluindo a carga horária, pois ao iniciar a Avaliação Institucional, não é possível alterar. E, evidentemente, acompanhar a consolidação de turmas, analisar os pedidos de cancelamento, verificar diligências em processos recursais.

Entrevistador(a)

Mais alguma informação necessária?

Convidado(a)

Chamo atenção para as seguintes questões acadêmicas importantes: estudantes que não se matriculam e nem solicitaram trancamento, estudantes calouros que não são matriculados e os pedidos de aproveitamento ao final do semestre. Sobre aproveitamento, são mais exclusivamente os casos em que o estudante cursa NL e pede aproveitamento para NE ou NC e fica sem vínculo. Isto tem acontecido com frequência e não é permitido pelo RGCG.

Entrevistador(a)

Edyr, para encerrarmos, uma última questão: como orientar às estudantes grávidas sobre atendimento domiciliar?

Convidado(a)

A estudante gestante tem direito a 3 meses de exercício domiciliar. Mas este direito não é automático. Ela ou seu representante precisa peticionar no SEI um processo de tratamento excepcional, o qual seguirá os trâmites normais. É bom frisar que o tratamento excepcional não é apenas para estudantes gestantes. Existem várias outras situações em que o tratamento pode ocorrer. Mas tudo isto está no RGCG.

Entrevistador(a)

Edyr, muito obrigada pelos esclarecimentos. Com certeza, foi muito importante saber mais sobre rotinas acadêmicas. Agradecemos você, ouvinte pela participação. Esperamos que o curso tenha sido útil para a realização de suas atividades. Bom trabalho e uma ótima gestão!

Convidado(a)

Eu quem agradeço pela participação. Informar nunca é demais!

Vinheta

Vinheta de encerramento.
# 2 - Módulo 4: Estágios
Esse módulo visa entender como funcionam os estágios na UFG, tanto obrigatórios, como não-obrigatórios.

Vinheta

Vinheta de abertura com trilha sonora do Curso para Coordenadores

Amone

Prezados e prezadas ouvintes, é com muita satisfação que apresentamos o módulo Estágio, parte integrante do Programa de Formação Permanente de Coordenadores. Sou Amone Inácia Alves, diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência da Pro reitoria de graduação, Prograd. Neste módulo aprenderão um pouco mais sobre os diferentes tipos de estágios na UFG, quais são os seus objetivos e como você, coordenador ou coordenadora, poderão entender a dinâmica da política de estágio da UFG. Ao longo do módulo teremos a participação de Ana Cristina Silva Rebelo, Diretoria de Acompanhamento e Promoção Estudantil e Leidyane Cardoso Freire, da Central de Estágio. Agradeço imensamente a participação de vocês. Então, vamos lá. Profa. Ana Cristina, Qual a diferença entre estágio obrigatório e estágio não obrigatório?

Ana Cristina

O estágio obrigatório é definido como pré-requisito no projeto pedagógico do curso para aprovação e obtenção do diploma. Vocês irão encontrar essa informação nos incisos 1 e 2 da Lei nº 11.788/2008. Agora, sobre o estágio não obrigatório, a lei diz que é uma atividade opcional, remunerado e acrescida à carga horária regular.

Amone

Ótimo. Há sempre uma dúvida sobre se existe um período mínimo para o estudante iniciar o estágio não obrigatório. Como é isso?

Leidyane

Olha, bem interessante essa pergunta, mas vamos lá. A PROGRAD, seguindo orientações da Procuradoria Federal, encaminhou um oficio circular, solicitando que no não conste no PPC o período mínimo do curso em que os estudantes estão aptos a realizar estágio não obrigatório considerando o proferido na Sentença 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás (SJGO) a qual possui entendimento de que, se a Lei n. 11.788/2008 não exige quantidade mínima de disciplinas cursadas pelo estudante, integralização de determinada carga horária ou rendimento acadêmico específico. Isso mesmo, professora. O período mínimo pode estar presente no regulamento de estágio, como forma de recomendação. Então, isso quer dizer que os estudantes podem realizar o estágio a qualquer tempo dos seus estudos

Amone

Entendo, de alguma forma as horas do estágio curricular não obrigatório podem ser aproveitadas no estágio obrigatório?

Ana Cristina

Veja bem: As atividades de estágio curricular obrigatório serão validadas quando o estudante estiver regularmente matriculado no componente curricular de estágio e com frequência efetiva no curso ao qual está vinculado. As atividades de estágio curricular não obrigatório podem ser aproveitadas como atividades complementares, como percentual pré definido no regulamento de estágio de cada curso. Lembrando, que o parágrafo único do Artigo 91 do RGCG prevê que o pedido de aproveitamento de atividades complementares será analisado com base nos critérios estabelecidos pela unidade acadêmica ou unidade acadêmica especial.

Amone

Outra dúvida que os estudantes têm é sobre o aproveitamento do estágio não-obrigatório para obrigatório. O que a senhora, Professora Ana tem a dizer sobre isso?

Ana Cristina

Boa pergunta. É bom esclarecer que o Art. 30 do RGCG afirma que o estágio curricular não obrigatório não poderá ser aproveitado como estágio curricular obrigatório. O estudante pode continuar no mesmo local, porém é necessário encerrar o estágio anterior ( enviar o relatório e o termo de desligamento) e abrir outro processo no SEI, com plano de atividades e fazer outro TCE.

Amone

Outra pergunta muito frequente aqui na Prograd é se o estudante que já trabalha/trabalhou na área, pode ser dispensado do estágio obrigatório. É possível isso acontecer?

Ana Cristina

Essa pergunta é importante para divulgarmos entre os nossos estudantes. O parágrafo sexto 6º do artigo 18 apresenta que as competências profissionais adquiridas por meio de vínculo formal de trabalho nas áreas de formação do estudante, realizado concomitantemente com o curso, poderão ser equiparadas, parcial ou totalmente. Então é possível isso acontecer.

Amone.

Outra dúvida muito comum: é permitido o estudante cursar o estágio obrigatório de forma remota ou EAD?

Leidyane

É mesmo, eles sempre nos procuram com essa questão. De acordo com o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017” Art. 4º As atividades presenciais, como tutorias, avaliações, estágios, devem ser realizadas na sede da instituição de ensino, nos polos de educação a distância ou em ambiente profissional, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais. Desse modo, não é possível fazer o estágio obrigatório de forma remota.

Amone

Agora, vamos falar das atribuições de todos e todas que cuidam do Estágio na UFG. Quais são as atividades desenvolvidas pelo coordenador de estágio?

Leidyane

O Art. 25 diz que o coordenador de estágio deve elaborar o regulamento de estágio, acompanha a assinatura dos convênios e acompanha os estágios, promove o debate e a troca de experiências, mantém os documentos atualizados e os arquiva, assim que finalizam as atividades. Assina e carimba o termo no respectivo curso, o termo de compromisso do estudante. Lembrando que na sua ausência, ficará a cargo do vice-coordenador, ou coordenador de curso e/ou pelo diretor da unidade acadêmica.

Amone

Interessante, e sobre as funções delegadas à coordenação GERAL de estágio?

Leidyane

O Art. 23 A Prograd será responsável pela coordenação geral dos estágios dos cursos. Cabe a coordenação geral III. apoiar os coordenadores de estágios dos cursos em assuntos referentes à realização de estágios e garantia de sua qualidade; V. divulgar experiências de estágio na comunidade universitária e para o público em geral; VI. analisar propostas de convênio e de termos aditivos; VII. manter arquivos atualizados sobre legislação, convênios; VIII. coordenar, em conjunto com a Pró-reitoria de Administração e Finanças (PROAD) o edital interno de estagiários; IX. fazer a gestão dos estágios curriculares não obrigatórios compartilhada com os cursos

Amone

Outra dúvida é: Quem abre o processo de peticionamento SEI para estágio?

Leidyane

Isso é muito importante: se for obrigatório, O coordenador de curso Não obrigatório: O próprio estudante.

Amone

Existe um local de consulta da relação dos convênios?

Leidyane

Sim, no site da PROGRAD. Na parte estudantes- estágio – convenio

Amone

Se a empresa não for conveniada, o aluno pode fazer estágio?

Ana Cristina

Para a realização do estágio curricular obrigatório ou não obrigatório, será necessária a celebração de termo de convênio entre a UFG e o campo de estágio, já se o estudante fizer estágio na UFG, a realização de estágio curricular obrigatório dentro das dependências da unidade acadêmica ou unidade acadêmica especial, que abriga o curso, nas situações em que o professor orientador é também o supervisor, dispensará a celebração do termo de compromisso e plano de atividades de estágio, mediante a matrícula no componente curricular de estágio. Outra importante informação: Só poderá participar do estágio curricular não obrigatório o estudante que estiver regularmente matriculado e com frequência efetiva no curso ao qual está vinculado.

Amone

Os estágios podem ser computados como ACEX?

Ana Cristina

Art. 19. Estágio curricular não obrigatório é uma atividade opcional e quando realizado pelo estudante tem o intuito de ampliar sua formação por meio de vivência de experiências próprias da situação profissional, podendo envolver atividades interdisciplinares integrantes do processo formativo proposto pelo curso, previsto no PPC e com os devidos registros no histórico acadêmico. § 1º Os estágios curriculares não obrigatórios poderão ser validados como carga horária de ACEx, desde que atendidas as condições estabelecidas em resolução específica. § 2º A validação de estágio curricular não obrigatório como carga horária de ACEx, conforme prevista em resolução específica, poderá ser apenas daquele estágio desenvolvido no vínculo atual do estudante.

Amone

Para finalizar, onde obter mais informações sobre vagas de estágio?

Ana Cristina

As informações estão no site da prograd na parte estudantes, estágios, oportunidades. Qualquer dúvida, procurem a gente. Estamos dispostos a esclarecer quaisquer dúvidas.

Amone

Gente, chegamos ao final de mais uma atividade desenvolvida pela Prograd. Contamos com vocês para os próximos, certo? Até mais!

Vinheta

Vinheta de encerramento
# 1 - Módulo 3: Currículo e Avaliações
Nesse módulo, iremos discutir sobre a avaliação tanto interna, como externa. Para tanto, entenderemos como funcionam os Projetos de curso e os núcleos docente estruturante. Veremos ainda, o Enade, a avaliação externa e a autoavaliação institucional.

Vinheta

Vinheta de abertura com trilha sonora sobre Currículos e avaliações.

Entrevistador

Olá, ouvintes! Este é o podcast da Pró reitoria de graduação. Meu nome é Amone Inácia Alves e falo em nome da Diretoria de Acompanhamento e Desenvolvimento da Docência (DADD). Este podcast faz parte da nossa política de formação, cuja finalidade é abordar as rotinas acadêmicas que envolvem justamente o trabalho do coordenador nas instituições de ensino superior. Então desejamos boas vindas a você que já é ou está em processo de se tornar um coordenador ou coordenadora de graduação na UFG. Você já estudou sobre as rotinas acadêmicas relativas ao fluxo das atividades da graduação. Neste episódio vamos tratar sobre o currículo e avaliações. Conversaremos sobre as atribuições dos Núcleos Docente Estruturantes, do Projeto pedagógico dos cursos e ainda as normativas envolvendo o Enade, a Avaliação Externa e Autoavaliação institucional. Por isso convidamos dois especialistas nestes assuntos: a professora Diretora da Diretoria de Gestão Curricular – DGC Keila Matida de Melo e o Diretor de Informações Institucionais e Procurador Educacional Institucional, Hugo Ferreira Ginú. A quem estendo meus cumprimentos. Bom, vamos lá.

Entrevistador

Profa. Keila, seja bem vinda, vamos começar com uma definição básica: O que é necessário ao coordenador compreender sobre PPC? Que relação o NDE tem com o PPC?

Keila

Olá, profa. Amone Alves, Prof. Hugo. Olá Ouvintes. Sendo bastante objetiva, O Projeto Pedagógico de Curso é pensado pelo Núcleo Docente Estruturante, o coordenador integra esse núcleo, junto de um quantitativo de 5 a 7 docentes que atuam no curso. O PPC precisa ser elaborado visando atender ao perfil de egresso que o curso deseja formar e, para isso, é necessário que a avaliação do curso seja permanente. De tempos em tempos, é recomendável que o PPC seja, portanto, revisto. Neste ano de 2023, por exemplo, todos os PPCs dos cursos estão passando por modificações para inserção da carga horária de extensão nos currículos. No âmbito da licenciatura, está em discussão a política de formação de professores que têm impacto no currículo. Nesse sentido, o PPC passa a ser objeto ainda mais de atenção em função de demandas externas e internas.

Entrevistador

E por falar em Avaliações, olá Prof. Hugo Ginú, bem vindo, para começarmos falando um pouco sobre o ENADE, o que é necessário que o coordenador saiba sobre isso no exercício de sua função?

Hugo

Olá prof. Amone Alves, prof Keila e ouvintes. Obrigado pelo convite. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), de acordo com o site do INEP, avalia o rendimento dos estudantes concluintes do curso de graduação tendo por base os conteúdos previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais; o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias à formação geral e profissional desse estudante, bem como o nível de atualização desses estudantes em termos de realidade brasileira e mundial. O ENADE integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), composto também pela Avaliação dos cursos de graduação e pela Avaliação Institucional, formando o tripé capaz de conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação superior no Brasil. Os resultados do Enade, além da resposta do Questionário do Estudantes, são insumos para cálculo dos Indicadores da Qualidade da Educação no Brasil.

Entrevistador

Essa periodicidade na avaliação é importante também pois as regulamentações do MEC são bastante dinâmicas e estão sempre sendo ajustadas neh…

Keila

Exatamente, Do ponto de vista do PPC, para exemplificar, neste momento, ainda em 2023, os cursos estão se debruçando sobre a carga horária EaD em cursos presenciais. A Portaria MEC n. 2.117, de 6 de dezembro de 2019 afirma que as Instituições de Ensino Superior poderão introduzir carga horária na modalidade EaD até o limite de 40% da carga horária total do curso. O curso, então, precisa pensar se fará uso dessa carga horária, devendo apresentar de maneira clara, na matriz curricular, as disciplinas com esse formato. O PPC precisa ainda indicar as metodologias que serão usadas para isso.

Hugo

De fato profa. Keila, essas preocupações, tanto em relação ao ENADE quanto em relação às Avaliações dos Cursos e Avaliações institucionais devem estar no radar dos coordenadores. Os ciclos de avaliação do Enade determinam as áreas de avaliação e os cursos a serem avaliados. O ciclo é trienal. Importante destacar ainda que o Enade é componente curricular obrigatório, uma vez inscrito no Enade, o estudante concluinte precisa não apenas responder ao questionário, mas também realizar a prova. Há a inscrição também dos estudantes ingressantes, mas eles não respondem ao questionário, nem fazem a prova. A inscrição é apenas para dados estatísticos.

Entrevistador

Prof. Hugo, como esses coordenadores podem se informar se e quando seus cursos passarão por um desses ciclos de avaliação?

Hugo

Bom, a principal forma de acompanhar os editais do ENADE e outras avaliações Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é através do Quadro I da Portaria Nº 124 de janeiro de 2023, disponível na página do INEP dentro do site ww.gov.br/inep. Neste quadro constam o código cine brasil de todos os cursos que foram habilitados para realizar o exame e que deverão inscrever os estudantes. O cronograma geral também será disponibilizado pelo Inep. Necessário acompanhar as informações sobre o Enade no site do Inep em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/legislacao/enade No contexto de cursos da UFG, na página da Prograd (prograd.ufg.br) também tem uma página exclusiva para tratar do ENADE e suas principais informações.

Entrevistador

Profa Keila, numa perspectiva mais prática, como coordenadores e docentes do NDE de graduação na UFG podem se preparar e executar a escrita ou alteração de PPC de seus cursos?

Keila

Os documentos necessários para a escrita do PPC, exceto as DCNs, estão no site da Prograd em “docente”, “projeto pedagógico de curso”: https://prograd.ufg.br/p/projeto-pedagogico-de-curso Inclusive a Instrução Normativa CEPEC/UFG 01 de 2022 institui diretrizes e procedimentos para elaboração de Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) de graduação da Universidade Federal Goiás.

Entrevistador

Não custa também apontar que, no caso das avaliações, caso o curso não faça o ENADE ou não tenha uma boa avaliação o PPC é uma peça fundamental para a avaliação in loco. Prof. Hugo, pode explicar melhor para nosso ouvinte o que é a avaliação in loco? Como ela funciona e quais cursos estão sujeitos a essa avaliação?

Hugo

Ah sim, Amone. A Avaliação in loco é um processo de avaliação que é realizado pelo INEP, órgão vinculado ao MEC. A verificação in loco, tem como objetivo analisar a qualidade dos cursos de graduação oferecidos pelas instituições de ensino superior brasileiras. Durante a atividade, que dura 3 dias e acontece em formato remoto para a maioria dos cursos, a comissão de avaliadores do INEP visita a instituição de ensino para verificar as condições do curso avaliado, incluindo a estrutura física, o corpo docente, a grade curricular, o desempenho dos estudantes e outras questões relevantes para avaliar a qualidade do curso. A visita segue o instrumento de reconhecimento dividido em três dimensões, sendo: organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e infraestrutura. Nestas dimensões são coletadas evidências de conceitos para pontuação em cinquenta e oito indicadores que comporão o Conceito de Curso (CC), que será o resultado do relatório de avaliação in loco. A avaliação in loco é obrigatória para todos os cursos de graduação presenciais e a distância oferecidos pelas instituições de ensino superior do Brasil e está regulada pelo Decreto 9.235/2017 e Portaria Normativa Mec nº 840 de 2018. O que irá diferenciar a necessidade de novas visitas será a realização ou não do ENADE, cujo conceito compõem a nota do CPC que quando insatisfatório (menor do que três) habilita o curso a passar por uma nova visita in loco. Cursos que não fazem Enade necessariamente precisarão passar por uma nova visita in loco ao fim de cada ciclo avaliativo (três anos). Além disso, os resultados da avaliação in loco são utilizados pelo INEP para calcular o Índice Geral de Cursos (IGC) e o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que são indicadores de qualidade do ensino superior brasileiro e são utilizados para classificar as instituições de ensino superior do país.

Entrevistador

Levando em consideração o contexto da UFG, como a Comissão Própria de Avaliação (CPA), a partir do resultado das avaliações mencionadas, atua no sentido de contribuir com a melhoria dos cursos de graduação? Quais outras ações a CPA desenvolve nesse sentido?

Hugo

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UFG é uma comissão permanente responsável por coordenar e conduzir o processo de autoavaliação institucional na universidade. A CPA atua como um órgão consultivo, propondo ações para a melhoria da qualidade do ensino, com base nos resultados obtidos nas avaliações internas e externas.

Entrevistador

Neste contexto, o quão importante é o NDE para as avaliações e à adequação do curso aos conceitos do MEC?

Keila

A começar que o curso deve sempre ser acompanhado pelo Núcleo Docente Estruturante. De acordo com a Resolução CEPEC/UFG n. 1801, de 13 de janeiro de 2023, é ele que contribui para a consolidação do perfil do egresso; que acompanha o curso; que zela pela integração curricular e pelo cumprimento das DCNs e demais resoluções; que fomenta a pesquisa, a extensão, a inovação, a internacionalização e ações voltadas à inclusão em consonância com as políticas públicas e o mercado de trabalho; que acompanha as práticas pedagógicas; que atua juntamente com a coordenação na organização e desenvolvimento das semanas de planejamento; que auxilia no processo de avaliação e discute seus resultados; que auxilia ainda a gestão do curso na resolução de conflitos no âmbito pedagógico.

Hugo

E com toda essa importância, a partir dos resultados das avaliações conduzidas pelo INEP, a CPA da UFG juntamente com o NDE do curso avaliado identifica pontos fortes e fracos dos cursos e da instituição, permitindo que sejam implementadas ações de melhoria em áreas que necessitam de atenção. A CPA também contribui diretamente com o planejamento estratégico da instituição, ajudando a definir indicadores estratégicos para um alinhamento entre as áreas finalísticas e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). É através dessa troca que a CPA da UFG tem um papel fundamental no fornecimento de feedback aos gestores da instituição sobre os resultados das avaliações, permitindo que eles tomem medidas para melhorar a qualidade do curso. O processo de divulgação dos resultados acontece anualmente em 31 de março por meio do Relatório de Autoavaliação Institucional (RAI) e submetido ao MEC e à gestão da UFG. Além disto, a CPA implementou a ação estratégica chamada de “CPA itinerante” que tem como principal atividade difundir os resultados da autoavaliação. É importante trazer à baila também que todos os resultados são divulgados através do painel analisa ufg e seus microdados disponibilizados publicamente na plataforma de dados abertos da UFG. A comissão também participa de grupos de trabalho criados para discutir questões específicas relacionadas à qualidade do ensino, ajudando a identificar problemas e propor soluções. A divulgação dos resultados das avaliações é uma atividade importante realizada pela CPA da UFG, que busca incentivar a transparência e a responsabilidade da instituição em relação à qualidade do ensino. Além disso, a CPA também promove debates e discussões sobre temas relacionados à qualidade do ensino, realiza pesquisas sobre a percepção dos estudantes em relação ao curso e à instituição, entre outras atividades que contribuem para a melhoria dos cursos de graduação. Por fim, a CPA aprovou um novo fluxo interno da avaliação externa no qual é solicitado aos coordenadores, junto ao NDE que avaliem os resultados do relatório de avaliação e emitam um parecer para que a UFG possa se posicionar quanto a solicitação de revisão do Conceito de Curso atribuído pela comissão de avaliação. Assim a CPA de forma autônoma vem promovendo ações para apropriação da auto avaliação e da avaliação externa por parte da gestão, dos docentes e dos discentes.

Entrevistador

Bom gente, acho que assim podemos finalizar nosso papo. Muito obrigado a vocês pela participação e disposição em compartilhar conhecimentos sobre currículo e avaliações. E vocês ouvintes, obrigado por nos ouvir. Nos próximos episódios trataremos sobre os estágios. Até mais

Convidados

despedida curta “até, obrigado” “tchau gente”

Vinheta final

assinatura institucional.

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