Arquitetura e Urbanismo (Goiânia)
| Arquitetura e Urbanismo [Matriz curricular] [Ementas] Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Opções de oferta
Edificação, restauração e rehabilitação. O campo próprio de atuação do arquiteto, em linhas gerais, inclue tudo aquilo que se refere tanto a concepção (o projeto) quanto a construção do entorno do homem. Inicialmente podemos classificar o conjunto de seus trabalhos potenciais em dois grandes blocos: a edificação e o urbanismo. Dentro do campo da edificação, o arquiteto realiza sobre tudo construções novas, porém tambem tem que intervir frequentemente sobre edifícios já existentes para repara-los, reabilita-los e restaura-los. Também atua sobre locais existentes para adequar-los a um uso ou faze-los habitáveis ou sugestivos. Na sua vida profissional, o arquiteto projeta e constroi uma ampla gama de edifícios diferenciados tais como: habitações, escolas, hospitais, museus, fábricas, edificações agrárias, instalações esportivas, centros comerciais, igrejas, escritórios, etc. A edificação não é somente a construção de novos edificios. A atuação sobre a arquitetura já construída para conserva-la ou adaptar-la a novos usos, é uma prática muito corrente na atividade dos arquitetos. Urbanismo e planejamento O âmbito de trabalho do arquiteto não acaba no interior dos edifícios. O arquiteto trabalha também nos espaços urbanos, nos jardins, nos parques e na paisajem. Ampliando a escala, o arquiteto projeta o crescimento das cidades, ordena o território e realiza os projetos urbanísticos. Na realização dos planos urbanísticos o arquiteto é auxiliado por grandes equipes multidisciplinares onde intervem historiadores, geógrafos, economistas, sociólogos, engenheiros, advogados, etc. A configuração dos espaços urbanos é outro campo de atuação do arquiteto. A construção de ruas e praças –com seus pavimentos, jardins, saneamento, iluminação pública, e outras instalações– é um dos trabalhos onde melhor se reflete a personalidade das cidades. Ampliando a escala, o arquiteto também projeta jardins, parques urbanos e finalmente, intervem na ordenação de parques naturais, geralmente trabalhando de forma interdisciplinar com uma grande variedade de profissionais de outras áreas (botânicos, agrônomos, engenheiros, paisagistas, etc), revelando uma condição que é intrínseca ao trabalho do arquiteto: o trabalho em equipe. Teoria, história crítica e pesquisa (investigação) O campo da teoria e história da arquitetura é um espaço de investigação em crescente expansão. Recentemente as atuações de reabilitação e restauração da arquitetura e da cidade histórica tem levado este campo a um desenvolvimento considerável. Este terreno, predominantemente acadêmico, tem sido compartilhado por outros profissionais como filósofos especializados em estética, historiadores de arte e arqueólogos. Conectado ao trabalho teórico está a crítica da arquitetura, associada as publicações e discussões especializadas. É um campo que tem se ampliado nos últimos anos coincidindo com a proliferação de publicações de arquitetura e a presença cada vez maior da arquitetura em todos os meios de comunicação. Arquitetura de interiores, desenho industrial e gráfico A capacidade de projetar do arquiteto também pode se dirigir a pequena escala, quando se trata da arquitetura de interiores, do mobiliário ou de utensilhos domésticos. O projeto de interiores tem representado um importante campo de trabalho que se mostra em expansão nos últimos anos. São muitos os arquitetos que atuam nas adaptações, reutilizações e decoração de ambientes residenciais ou comerciais. Este terreno tem sido compartilhado com outros profissionais como os designers de interiores e decoradores, que realizam tarefas similares. A participação dos arquitetos também é expressiva na concepção de grandes mostras e exposições, produzidas em parceria com curadorias museográficas ou artísticas, assim é significativa sua atuação na concepção e na montagem de cenografias teatrais e musicais. A arquitetura de interiores tem sido complementada pelo projeto de vitrines, de mobiliário e pelo desenho gráfico da imagem corporativa, que forma as vezes uma unidade com o projeto de espaços corporativos. Ainda que o design industrial e o design gráfico não sejam em si atividades onde os arquitetos tenham atribuições legalmente estabelecidas, é frequente sua atuação nestas áreas, associados, na maior parte das vezes, a profissionais destas áreas. O curso de Arquitetura e Urbanismo tem por objetivo possibilitar uma formação profissional que revele um determinado conjunto de competências e habilidades tais como: • as habilidades necessárias para conceber projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo e para realizar construções, considerando os fatores de custo, de durabilidade, de manutenção e de especificações, bem como os regulamentos legais, e de modo a satisfazer as exigências culturais, econômicas, estéticas, técnicas, ambientais e de acessibilidade dos usuários; • o conhecimento de aspectos antropológicos, sociológicos e econômicos relevantes para uma comunidade, assim como as necessidades, aspirações e expectativas quanto ao ambiente construído; • a compreensão das ações de avaliação e preservação da paisagem e do meio ambiente, com vistas ao equilíbrio ecológico e ao desenvolvimento sustentável; • o conhecimento da história das artes e da estética como base na concepção e na prática de arquitetura, urbanismo e paisagismo; • os conhecimentos de teoria e de história da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo, seus contextos cultural, social, político e econômico e tendo por objetivo a reflexão crítica e a pesquisa; • o domínio de técnicas e metodologias de pesquisa em planejamento urbano e regional, urbanismo e desenho urbano, visando estudos, análises e planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional; • a compreensão e concepção dos sistemas estruturais e seus projetos, tendo por fundamento os estudos de resistência dos materiais, estabilidade das construções e fundações; • o emprego adequado e econômico dos materiais de construção e das técnicas e sistemas construtivos, para a definição de instalações e equipamentos prediais, para a organização de obras e canteiros e para a implantação de infra-estrutura urbana; • o entendimento das condições climáticas, acústicas, lumínicas e energéticas e o domínio das técnicas apropriadas a elas associadas; • as práticas projetuais e as soluções tecnológicas para a preservação, conservação, restauração, reconstrução, reabilitação e reutilização de edificações, conjuntos e cidades; • a instrumentação necessária para a representação correta do projeto e de seus complementos utilizando os meios de expressão e representação, tais como perspectivas, modelagens, maquetes, modelos e imagens virtuais; • o conhecimento dos instrumentais de informática para tratamento de informações e representação aplicada à arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo e ao planejamento urbano e regional; • a interpretação de dados oriundos da aero-fotogrametria, da foto-interpretação e do sensoriamento remoto, necessários na realização de projetos de arquitetura, urbanismo e paisagismo e no planejamento urbano e regional.
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